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Executivo da Intel acredita que drones são o futuro do setor de entregas

Por| 15 de Março de 2019 às 22h00

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Executivo da Intel acredita que drones são o futuro do setor de entregas
Executivo da Intel acredita que drones são o futuro do setor de entregas
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Drones são o futuro. Ou, ao menos, é isso que pensa Anil Nanduri, chefe de drones da Intel. Em entrevista para o CNet, Naduri deixa bem claro sua posição: dentro de cinco anos, não apenas o uso de drones para entregas será uma realidade nas grandes cidades, como ele também acredita que deveremos ter os primeiros carros voadores sendo utilizados como forma de evitar o trânsito.

Para Nanduri, os carros voadores não apenas começarão a operar daqui a cinco anos, como o executivo acredita que em dez anos será comum contratar serviços de táxi aéreo dentro das cidades. Isso porque o executivo enxerga nos carros voadores uma alternativa natural para o problema de “espaço 3D” criado pelo trânsito das grandes cidades, onde simplesmente não há mais espaço para carros nas ruas. E Nanduri vê o uso desses carros como uma “solução natural” por um motivo muito simples: preço.

Ainda que existam outras possíveis soluções para os problemas de trânsito das cidades — a proposta da Boring Company de Elon Musk é a criação de túneis subterrâneos por onde os carros circulariam — Nanduri afirma que essa é uma solução muito mais complicada e cara para se implantar (poi exigiria mexer em toda a estrutura de prédios da cidade) do que simplesmente continuar investindo no desenvolvimento de carros voadores e de soluções de controle de tráfego aéreo.

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Por isso, o executivo da Intel acredita que nosso desejo de “gratificação imediata”, que pode ser exemplificado por comprar algo na internet e querer que esse objeto seja entregue no mesmo dia, será o principal motivo de conseguirmos superar todos as dificuldades existentes para a criação de uma rede drones entregadores totalmente funcional.

Entre os problemas a serem enfrentados, Nanduri cita o caso do aeroporto de Gatwick, quando um drone acabou desligando todo o sistema de tráfego aéreo. Para ele, esses casos não devem ser usados como exemplos de por que devemos evitar o uso de drones no futuro, mas abraçados como possíveis problemas do aumento do uso de drones que devem ser levados em conta e se criar soluções para evitar que aconteçam novamente. Isso porque, se existe algo que pode solucionar todos os nossos atuais problemas com drones, é a tecnologia.

Apesar do exemplo usado, o maior problema existente para uma operação massiva de drones não são as questões de segurança ou como esses equipamentos podem impactar os ambientes em que estão, mas sim a vida útil da bateria. Nanduri confirma que, com a tecnologia atual, é simplesmente impossível criar um drone cuja bateria funcione por mais de trinta ou quarenta e cinco minutos sem precisar de uma nova carga, e é por isso que as fabricantes de drones estão estudando o desenvolvimento de sistemas EVTOL (electric vertical takeoff and landing, ou "sistemas elétricos de levantamento de voo e pouso vertical", em português) híbridos, que tirariam vantagem da aerodinâmica dos motores para manter o dispositivo no ar enquanto exige um menor consumo de combustível (mais ou menos parecido com o funcionamento atual dos aviões mais tradicionais), e ele acredita que essas pesquisas possam ajudar a aumentar o tempo que um drone conseguirá ficar no ar.

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Já sobre o quanto esses aparelhos poderiam atrapalhar o ambiente em que estão inseridos, Naduri acredita que é tudo uma questão de adaptação. Ainda que alguns drones possam ser um tanto barulhentos, já existe a tecnologia necessária para deixá-los mais silenciosos, e enquanto as pessoas podem achar estranho a ideia de pedir uma pizza e um aparelho voador deixar a comida no quintal da sua casa, ele lembra que até não muito tempo atrás também era estranha a ideia de que um total desconhecido iria de moto até a porta da sua casa te entregar uma pizza, então tudo não passa de costume — e assim que as entregas com drones se tornarem mais comuns, a presença desses equipamentos nas cidades será bem menos sentida.

Fonte: CNet