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5 escolas de programação em que o aluno paga o curso só quando estiver empregado

Por  • Editado por  Bruno Salutes  |  • 

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Não é exatamente uma novidade que o profissional de Tecnologia é disputado a tapa por empresas no mundo inteiro. Para ficarmos apenas no cenário do Brasil, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), até 2024, 421 mil postos de trabalho serão criados no setor no país. No entanto, os cursos superiores da área formam menos de 50 mil especialistas da área anualmente.

Agora, junte essa demanda por profissionais de TI muito maior que a oferta, ao investimento considerável que é necessário fazer para se especializar na área e temos a "tempestade perfeita": uma das causas dessa falta de mão de obra reside no fato de que, muitas vezes, a pessoa não tem como arcar com um curso de Tecnologia.

E é esse vácuo que algumas escolas de programação querem preencher, a partir da estratégia: "Aprenda agora, pague depois".

Conheçam o Contrato de Compartilhamento de Renda...ou ISA

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Esse modelo de negócios que algumas escolas de programação começam a explorar para conseguir formar mais profissionais leva o nome de Income Share Agreement ou, simplesmente ISA. Em bom português, isso significa "Contrato de Compartilhamento de Renda". Basicamente, trata-se de um modelo de crédito em que a pessoa estuda agora, se forma no curso e só paga o mesmo quando conseguir um trabalho cuja quantia permita ao aluno pagar pelos estudos, usando apenas uma parte da renda.

Outra vantagem nesse modelo é que ele pode atender aqueles que querem ingressar na área de TI sem que, necessariamente, tenham de ingressar em um curso superior do setor. Isso porque muitas empresas precisam preencher seus quadros de TI com urgência, logo, são mais flexíveis com essa exigência, aceitando profissionais que tenham os cursos de especialização oferecidos pelas escolas de programação.

Por fim, alunos de todo o Brasil podem realizar cursos nesse modelo, já que as escolas adaptaram suas metodologias de ensino por causa da pandemia de Covid-19 e passaram a ministrar suas aulas de forma 100% online.

Dito tudo isso, confira cinco escolas de programação que oferecem cursos na área de TI no modelo "Aprenda agora, pague depois" (ou ISA, se preferir):

Gama Academy

A modalidade ISA da Gama Academy leva o nome de Gama Experience e foca em diversas especializações do mercado de Tecnologia e Marketing Digital. Entre os cursos que a nova edição do programa oferece estão os de Inside Sales e Growth Marketing (ambos com início em 25/6); Desenvolvedor Fullstack e Product Design (ambos começam em 27/8). Todos custam R$ 7.900.

Segundo a escola, essa será a primeira edição online, o que permite a entrada de alunos do Brasil todo, com quatro meses de imersão, mais de 390 horas de conteúdo. Desse total, 160 horas serão dedicadas só para a criação de portfólio e mentoria ao vivo, além de toda a abordagem sobre o mercado e as soft skills exigidas pelas empresas.

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Ao final do programa, a Gama Academy realiza uma feira de contratações, que já contou com empresas como BrMalls, VTEX, Nubank, entre outras. Atualmente, a escola afirma que já tem parceria com 600 empresas e que em edições anteriores do Gama Experience, 90% dos participantes foram contratados por grandes companhias do mercado digital.

No modelo ISA usado pela escola, o aluno, após contratado usará, no máximo, 15% da sua nova renda para o pagamento do curso. A Gama Academy afirma ainda que se compromete em ajudar o estudante a encontrar um novo emprego em até 12 meses após o final do curso. Por fim, o profissional terá até 5 anos para pagar o montante devido, nesse teto estabelecido do seu salário, ou a dívida deixa de existir. As vagas nessa modalidade são sujeitas à aprovação de crédito.

As inscrições para o Gama Experience podem ser feitas no site oficial do Gama Academy, clicando aqui.

Digital House

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A Digital House iniciou seus cursos na modalidade ISA no início no ano passado com oferta apenas para Desenvolvimento Web Full Stack. Mas, a partir de maio deste ano, além deste curso, o formato passou a ser oferecido também para as especializações em Desenvolvimento Mobile IOS, Desenvolvimento Mobile Android, Data Science e Gestão de Produtos Digitais (GPD). E isso sem limite de alunos por turma utilizando este modelo.

Segundo a escola, quando o aluno estiver ganhando R$ 3 mil ou mais, ele deverá utilizar 18% do seu salário para pagar o curso, de forma parcelada, até a quitação do débito. A Digital House tem uma parceria com a fintech Provi, responsável por financiar os estudos do interessado. O contrato no modelo ISA é feito entre as três partes. O tempo de contrato é de até 60 meses após o fim do curso.

Os cursos oferecidos no modelo ISA da Digital House trazem DIP Online grátis (40 horas), masterclasses temáticas e softskills para acelerar o desenvolvimento do estudante. Há ainda um departamento de carreira para auxiliar no processo de candidaturas às vagas de emprego, e, ao final, é possível seguir fazendo parte da comunidade da escola, com acesso a conteúdos e benefícios. Por fim, é possível fazer mentoria para pegar as dicas finais para concorrer às vagas.

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Para saber como usar o modelo ISA da Digital House e se inscrever em seus cursos, acesse a página oficial da escola.

Blue

A modalidade ISA da Blue pode ser usado em todos os cursos da escola: BackEnd, FrondEnd, FullStack e Analytics (Engenharia de dados e Ciência de Dados). Eles têm duração de 12 meses, distribuídos em 700 horas (4 horas diárias para aulas, de segunda a sexta), sendo cinco semanas de projeto desenvolvido em modelo Bootcamp. Além disso, 30% da carga horária total será focada no desenvolvimento das soft skills.

O valor do curso na Blue é de R$ 18 mil, sendo que o aluno passa a pagar por ele apenas quando conseguir um emprego cujo salário seja acima de R$ 3,5 mil. As parcelas devem representar 15% da renda, com vencimento no dia 10 a cada mês, sendo a primeira cobrança realizada a partir do mês seguinte ao da primeira remuneração. Além disso, o aluno receberá a primeira certificação após seis meses, o que já o torna elegível a uma vaga de emprego.

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A Blue afirma ainda que o estudante não paga nada até estar em posição que pague o salário de, no mínimo, R$ 3,5 mil. Caso ele perca o emprego ou haja uma redução na receita, o pagamento será congelado até que o profissional retorne a uma posição que pague o piso estipulado. Por fim, o curso é 100% online, logo ele pode ser feito de qualquer lugar no Brasil.

Para conhecer todas as condições do modelo ISA oferecido pela Blue, acesse a página oficial da escola. As inscrições para as próximas turmas vão até 27 de maio.

Awari

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Diferente das escolas citadas acima, a Awari não adota o formato ISA, mas, sim, o de parcelamento flexível, o que exige o pagamento durante a execução do curso: o aluno desembolsa um valor menor ao longo do primeiro ano (12X de R$ 300 no cartão ou boleto) e no segundo, já empregado, paga um valor maior (12X de R$ 757). Se preferir, o investimento pode ser feito em até 24X de R$ 524,95 no cartão de crédito.

Se após seis meses de conclusão do curso o aluno não ingressar na profissão, a Awari cobrirá todos os custos. A expectativa é que até o final do ano, outras especializações oferecidas pela escola possam ter a mesma garantia.

Atualmente, o modelo é voltado aos interessados que desejam se especializar em Data Science. Segundo a escola, o formato do curso é desenvolvido para que os alunos ingressem na profissão em até seis meses após a graduação.

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O intensivo, em formato totalmente remoto, conta com aulas ao vivo, office hours, materiais complementares e mentoria individual com profissionais com passagens por empresas como Rappi, IBM, Easynvest e Hospital Sírio-Libanês. Além disso, a Awari destaca o projeto autoral que será desenvolvido ao longo dos sete meses de curso.

A escola acompanha ainda o processo de recrutamento. Algumas semanas antes de encerrar o curso, a equipe de recolocação compreenderá e ajudará o aluno a definir seus objetivos a curto, médio e longo prazo. A partir disso, a Awari identifica o perfil ideal da empresa avaliando, por exemplo, o tamanho da companhia, segmento e estilo de cultura interna. Em seguida, a equipe elabora em parceria com o aluno o currículo, o perfil no LinkedIn e o portfólio completo. E também orienta cada estudante como se preparar para entrevistas com dicas a respeito das perguntas e cases técnicos mais comuns nesta etapa.

A primeira turma da Awari sob o modelo de ISA terá início no dia 31 de maio. Os interessados podem se inscrever na página especial do curso clicando aqui.

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Ironhack

A exemplo da Awari, a Ironhack trabalha com o modelo de parcelamento flexível em parceria com a Provi - fintech que também atua na Digital House na modalidade ISA - e também exige que o aluno pague enquanto estiver no curso. A escola permite aos estudantes financiar seus estudos em 12 vezes sem juros. Caso precise de mais tempo para pagar pelos cursos, os estudantes podem optar por planos de 18 ou 24 meses, com incidência de juros.

Além disso, a Ironhack conta com uma parceria com a Revelo Up, programa que facilita o pagamento de cursos. A partir dela, é possível obter um financiamento com opção de pagamento em 18 parcelas sem juros e sem entrada. Para parcelamento entre 21 e 24 vezes, o juros variam de 0.99% a 1.49% ao mês. No formato full-time o aluno começa a pagar 30 dias depois que o bootcamp termina. Já no formato part-time ele começa a pagar 30 dias depois que bootcamp começa.

No site da escola há ainda um modelo "Pay-for-success" (semelhante ao ISA) mas a instituição não entra em detalhes, pedindo apenas que o interessado entre em contato com a equipe de Admissões.