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Startup quer usar o calor gerado por mineração de Bitcoin para aquecer cidade

Por| Editado por Claudio Yuge | 18 de Outubro de 2021 às 19h20

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Reprodução/T3N
Reprodução/T3N

O impacto ambiental da mineração de Bitcoins é enorme, por conta do alto custo de energia usado na tarefa. Mas agora a mineradora canadense MintGreen quer usar esse processo para, além de obter criptomoedas, fornecer aquecimento doméstico e industrial para a cidade de Vancouver do Norte.

A MintGreen espera alcançar esse objetivo a partir do uso o sistema proprietário de aquecedores da empresa, chamado Digital Boilers (Caldeiras Digitais, em tradução livre), que é capaz de recapturar até 96% da energia usada no processo para descobrir Bitcoins. Segundo um comunicado divulgado pela companhia na última quinta-feira (14), o processo de recaptura do calor deve evitar o equivalente a 22.000 toneladas métricas de emissões de carbono por megawatt. 

Colin Sullivan, CEO da MintGreen, em entrevista para o site CoinDesk, explicou que o sistema Digital Boilers realiza uma imersão em água que captura o calor gerado durante as operações de mineração, e é esse liquido aquecido que será distribuido para serviços de fornecimento de água quente da cidade de Vancouver do Norte. O executivo estima que, em larga escala, cada um desses sistemas pretende ser capaz de atender até 100 residências e prédios comerciais.

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O sistema Digital Boilers deve entrar em operação oficialmente em 2022, e a empresa acredita que a venda do calor gerado pela mineração será negociada em um contrato de longo prazo com fornecedores de Vancouver do Norte, ajudando também no compromisso assumido pela cidade de alcançar emissões líquidas zero até o ano de 2050. 

A busca por energia limpa para mineração 

A mineração de criptomoedas consome muita energia, e há anos organizações ambientais pedem para que esse mercado encontre alternativas mais econômicas. Esse processo foi intensificado após o excêntrico bilionário Elon Musk, CEO da Tesla, ter comentado sobre a falta de sustentabilidade na mineração dos criptoativos, justificando que a Tesla só aceitaria novamente o Bitcoin como pagamento quando houvesse confirmação que as moedas estavam sendo geradas com energia limpa.

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Diversas operações de mineração de criptomoedas já vem sendo desenvolvidas com a busca de soluções limpas em mente, como em El Salvador, que está usando uma usina geotérmica, alimentada por um vulcão, para fornecer a energia necessária no processo. 

O uso de energia nuclear no processo de mineração também está começando a ser adotada, com exemplos como o acordo de 20 anos de fornecimento de energia assinado entre a Compass Mining e pela startup de energia nuclear Oklo, e na joint venture (basicamente, um acordo comercial) entre a companhia de energia Talen Energy e a mineradora TeraWulf, que visa a construção no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, de instalações de mineração de criptomoedas e de uma usina nuclear que, juntos, irão ocupar uma área equivalente a quatro campos de futebol.

 

Fonte: Adrenaline, CoinDesk