Empresa de criptomoedas recebe R$ 65 milhões e já pensa em oferecer suas ações
Por Márcio Padrão | Editado por Claudio Yuge | 06 de Outubro de 2021 às 21h20
A Easy Crypto, empresa neozelandesa de transações de criptomoedas, anunciou nesta semana a captação de seu primero investimento. Foram NZ$ 17 milhões (R$ 65 milhões) vindos de um grupo de investidores formado por três fundos do seu país de origem: Nuance Connected Capital, Pathfinder KiwiSaver e Ice House Ventures, além de algumas outras empresas estrangeiras. Com isso, a empresa já cogita vender suas ações publicamente.
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A injeção de capital na companhia, que há um mês iniciou suas operações aqui sob o nome Easy Crypto Brasil, deu a ela mais condições para ampliar a carteira de produtos e ir para outros mercados, como Filipinas e Indonésia. “O motivo de estarmos almejando esses mercados é que há uma grande quantidade de pessoas ainda desbancarizadas ou sem muito acesso a produtos financeiros”, diz a CEO e cofundadora, Janine Grainger, em nota à imprensa.
Para ela, a nova rodada de financiamento foi um marco importante para a empresa, que ouviu em suas reuniões com investidores elogios por seu rápido crescimento sem ter qualquer financiamento anterior. “Mas achamos muito difícil fazer com que os investidores nos acompanhem, principalmente por conta do setor em que atuamos. As criptomoedas ainda são um pouco marginalizadas, um tanto voláteis, e acho que demorou um pouco para encontrarmos investidores que tivessem aquela visão estratégica e de futuro para apoiarem o que estamos fazendo”, pondera Grainger.
A companhia já discute a possibilidade de abrir oferta pública de capital. “Ainda estamos trabalhando em como será e quais são os planos para nós no futuro, mas muito provavelmente estaríamos olhando para um IPO (oferta pública inicial). Mas, mais importante, o que realmente está nos impulsionando é o que vamos entregar aos clientes globalmente”, diz a executiva.
No Brasil, o momento da empresa é de assegurar a qualidade do serviço prestado e ampliar a oferta de produtos para o mercado nacional de criptomoedas. “Temos agora a possibilidade de crescer exponencialmente no país. Até o final do ano teremos grandes novidades com relação aos produtos ofertados e ao serviço prestado. Nossa prioridade é sempre atender o nosso cliente da melhor forma possível, e continuaremos focados nisso”, diz André Sprone, diretor do braço brasileiro da empresa.