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Glossário definitivo | Entenda tudo sobre criptomoedas e blockchain!

Por| 19 de Outubro de 2018 às 16h26

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Glossário definitivo | Entenda tudo sobre criptomoedas e blockchain!
Glossário definitivo | Entenda tudo sobre criptomoedas e blockchain!

Pool de mineração, taxa de hash, fork e Schnorr. Difícil manter em mente o que significam todos esses termos, que estão relacionados com operações e transições de criptomoedas. Para facilitar a vida de quem se interessa pelo mercado monetário digital, o glossário abaixo foi desenvolvido de forma a permitir que quem está chegando agora à febre das moedas digitais consiga entender todos os termos e conceitos por trás das operações e discussões entre investidores:

Blockchain: É a tecnologia fundamental por trás do setor de cryptocurrency. É uma forma de armazenamento virtual e compartilhado de dados por servidores em todo o mundo, uma alternativa aos sistemas tradicionais onde os dados são centralizados.

A forma mais fácil de visualizar é pensar numa cadeia de blocos de dados que são checados por consenso em todos os computadores ligados àquela blockchain. Em cada bloco, existe todo tipo de dados, desde quem enviou criptomoedas para determinado receptor até registros de posse de terras.

Blockchains são distributed ledger.

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Distributed Ledger: Como as blockchains, em vez de um livro-caixa centralizado, as transações ficam registradas em toda a rede de servidores compartilhada.

Na ilha de Yap, em 500 d.C., já era utilizado o conceito de livros contábeis distribuídos. Lá, os contadores gritavam um para o outro sempre que ocorria uma nova transação, para que os registros fossem conhecidos por todos.

Cryptocurrencies ou Criptomoedas:  É o nome dado a tokens ou moedas contruídas sobre a tecnologia de blockchains. Esses tokens são o meio encontrado para capturar e distribuir valores dos usuários de blockchains, podendo ou não ser intercambiáveis com outras cryptocurrencies.  Bitcoin pode ser considerada a primeira aplicação e criptomoeda resultante da tecnologia de blockchain.

As cryptocurrencies são um subconjunto de cryptoassets.

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Cryptoassets ou Ativos Criptográficos: Ativos, na contabilidade, são valores indicativos de bens e direitos de um indivíduo ou empresa. Os ativos criptográficos, ou cryptoassets, são ativos digitais com base em estruturas criptografadas.

Exchange: São sites ou serviços que possibilitam a troca de criptomoedas entre si ou troca de moedas fiduciárias, como a troca de Reais por Bitcoins.

Chaves Públicas e Chaves Privadas: As chaves ssão o modo de acessas saldos, enviar e receber valores ou dados de criptomoedas. A chave pública funciona como um endereço de e-mail e é através dela que outras pessoas podem enviar fundos umas às outras. A chave pública pode ser de conhecimento geral. Já as chaves privadas funcionam como senhas e qualquer pessoa que a possua pode acessar a criptocarteira associada a essa chave e operar os tokens da conta.

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Caso a chave privada seja esquecida ou perdida, perde-se o controle sobre todos os cryptoassets vinculados a essa combinação de chave.

Cryptowallets ou Criptocarteiras: As criptocarteiras são uma espécie de cofre onde se armazenam as chaves para seus ativos criptográficos. Elas permitem backups e acesso facilitados para que não seja necessário o esforço de decorar uma frase de propagação mnemônica.

Existem dois tipos de carteira: as de software, que armazenam as suas chaves online; e as de hardware, que usam um dispositivo físico para proteger sua chave privada.

MultiSig: MultiSig é uma abreviação de multissignature, ou seja, um sistema de permissões múltiplas para acesso a uma determinada carteira de ativos criptográficos. Ao contrário da maioria das carteiras que só requerem a chave do titular, as MultiSig são um tipo de solução para carteiras corporativas, nas quais um número específico de chaves pessoais é necessário para que sejam utilizados os fundos daquela carteira.

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Proof of Work, Prova de Trabalho, ou PoW: É o nome de um sistema no qual blocos de dados de transações na blockchain são minerados e validados por computadores especializados que são recompensados pela solução de equações matemáticas específicas.

Mineração: A prática em sistemas de prova de trabalho na qual computadores são utilizados exclusivamente para resolver problemas matemáticos que lhes dão direito de minerar um bloco de dados e receber uma quantidade pré-especificada de criptomoedas. O funcionamento da mineração consiste na resolução de quebra-cabeças criptográficos. O computador utilizado com esse propósito precisa encontrar uma brecha única para combinar com transações não verificadas a fim de gerar uma linha verificada.

Pool de mineração: Uma pool de mineração reune recursos de computação dedicados à criptografia de mineração e aloca os recursos dos blocos minerados proporcionalmente entre os computadores utilizados nessa empreitada. Como as criptomoedas de mineração são razoavelmente aleatórias, as pools de mineração tem o propósito de não prejudicar os mineradores individuais.

Proof of Stake, Prova de Participação, ou PoS: É uma forma de conseguir novos recursos em altcoins com menos esforços que na forma de mineração por prova de trabalho, que  precisa de recursos que não são acessíveis para a maior parte dos usuários. Ao invés de mineirar altcoins, elas são "cunhadas".Os blocos de dados que são criados nesse sistema são repassados aleatoriamente para aqueles que já possuem altcoins naquele sistema, e quanto mais altcoins, maior é a probabilidade de receber um bloco, apesar de não ser um sistema de um para um.

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Quando se obtem o bloco, os fundos recebidos são mantidos em custódia. Caso haja uma transação fraudulenta, a participação é usada para ressarcir a vítima. O indivíduo que utiliza a proof of stake se torna temporariamente o banco de uma pessoa ou o intermediário de uma transação e o lucro é obtido nas taxas de transação. Quando um bloco termina, o seguinte aparece.

: Um nó de criptografia é qualquer servidor de computação que pode armazenar uma cópia da blockchain e servir para verificar as transações.

Taxa de hash: É a medida de poder de computação dedicado a uma blockchain pelos mineradores que validam transações. Taxas de hash altas significam que a cadeia de dados é muito ativa e atrante para mineradores.

Descentralização: É o sistema de armazenamento, processamento e verificação de dados por uma rede global de computadores, ao invés de dados que residem em provedores centrais. Em cadeias públicas de blockchains, não há moderação de quem participa e o único critério é se o indivíduo possui o poder de computação necessário.

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Cadeias Públicas e Cadeias Privadas: Nas cadeias públicas, qualquer um que tenha o poder computacional necessário pode entrar numa determinada blockchain. Já nas cadeias privadas, um gatekeeper define quem tem acesso àquela blockchain.

Inoperabilidade: A inoperabilidade consiste na impossibilidade de fazer transações entre diferentes criptomoedas, exigindo conversões prévias para então possibilitar a negociação. Já existem blockchains voltadas para a resolução desse problema por meio dos swaps atômicos, tornando diferentes criptomoedas intercambiáveis.

Swaps Atômicos: Os swaps atômicos são a solução para o problema da inoperabilidade, envolvendo  criptomoedas negociáveis entre si, sem a necessidade de conversões. Para isso, elas precisam seguir o mesmo padrão de criptografia e possuir um protocolo de canal de pagamento.

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Funções e Tabelas Hash: Consistem em uma descrição de maior precisão e tecnicidade de como os dados são armazenados e compartilhados em uma blockchain, e são consideradas um dos pilares da ciência da computação.

Bitcoin: É considerada a primeira aplicação de blockchain e a primeira criptomoeda, criada em 2008 pelo anônimo Satoshi Nakamoto. Ainda é a criptomoeda mais popular e utilizada, sendo cada vez mais aceita para operações do dia-a-dia.

Fork: É chamado de soft fork quando uma criptografia mantém seu valor e suas regras são apenas transferidas e alteradas de forma reversível, usualmente com o consetimento da maioria da comunidade. Já os hard forks são quando uma blockchain não encontra um consenso sobre suas regras, então é feito um hard reset e a blockchain se divide em duas, uma delas seguindo o conjunto de regras original, e a outra com regras novas, de forma irreversível. A separação da Bitcoin e Bitcoin Cash se dividiram por meio de um hard fork.

SegWit: SegWit é uma contração de Segmented Witness. Trata-se de um soft fork que ocorreu com a blockchain do Bitcoin, que resolveu o congestionamento da rede aumentando o limite do bloco de dados da blockchain e dividindo cada bloco de dados em dois. O SegWit separou a assinatura de desloqueioco m os scripts que enviam e recebem dados transicionais, o que permite que a rede processe mais transações por segundo, fazendo com que os usuários não precisem esperar por muito tempo por transações de Bitcoin.

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Lightning Network: É uma solução off-chain que liquida transações sem utilizar o blockchain subjacente, abrindo canais de pagamento bilaterais entre diferentes indivíduos, permitindo que muito mais transações sejam processadas por segundo.

Os canais de pagamento fazem pré-depósitos de quantidades de criptomoedas alocadas neles, o que permite que indivíduos com canais abertos entre si realizem transações sem o uso da blockchain, até que se obtenha o saldo final, que só então é validado pela blockchain.

A Lightning Network representa uma agilização no processo de pagamentos, e também significa que existe alguma centralização entre usuários que fazem mais transações.

Schnorr: Uma grande atualização do Bitcoin que fornece uma nova forma de gerar chaves públicas e privadas, substituindo a atual técnica de curva elíptica.

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Schnorr aumenta a privacidade e a segurança das transações, já que agrupa transações regulares e MultiSig na mesma categoria, o que agiliza transações na blockchain e esconde se uma transação é MultiSig ou não.

Ethereum: É a blockchain por trás da criptomoeda Ether. Ethereum diferencia-se da Bitcoin pois permite que programadores construam aplicativos distribuídos em cima da blockchain com uma linguagem de programação completa. Alem disso, a Ethereum é uma rede que vários aplicativos diferentes cheguem à tona, quando a Bitcoin em si pode ser vista como um aplicativo de transferências de valores na web distribuída.

Aplicativos Descetralizados (DApps): Em grande parte, os DApps parecem aplicações web convencionais. Para o usuário, o funcionamento parece o mesmo, mas no lado do servidor (ou back-end), dados e controle são distribuídos em uma rede de nós P2P (peer-to-peer) e contratos inteligentes, ao invés de um núcleo centralizado de servidores e códigos dos servidores.

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Os aplicativos descentralizados são um tipo específico de aplicativo, que precisa ser de código aberto, autônomo e deve fazer alterações no software por meio de consenso entre seus usuários para atender uma finalidade específica dentro de uma rede blockchain.

Contratos Inteligentes: é o nome dado ao código que é colocado em uma blockchain e, em seguida, executado nela. Esse código pode ser auditado pelos usuários.

Um contrato inteligente pode implementar, através de algoritimos, pagamentos em custódia sem que seja necessário criar um contrato legal obrigatório para responsabilizar as partes. Apesar de os contratos inteligentes serem considerados uma substituição dos contratos legais tradicionais, o termo é visto como amplo demais, pois pode significar qualquer bloco de código colocado na blockchain.

Gas: É usado como custo operacional na blockchain Ethereum e sua função é ser uma forma de garantir que ninguém ataque a rede Ethereum por meio de solicitações inválidas. Funciona da seguinte forma: quando Ether é utilizado para acessar DApps, é necessário gastar uma parte do gas associado a ele. A quantidade de gas utilizada é correlacionada com o volume de trabalho computacional que a solicitação requer, o que garante que os custos transacionais sejam corretamente definidos para a quantidade de trabalho necessário ao sistema.

Solidity: Baseada no EMCAScript, a base do Java Script,  Solidity é atualmente a linguagem de programação mais popular para desenvolver contratos inteligentes na blockchain Ethereum.

DAO: A sigla significa "decentralized autonomous organizations", ou organizações autônomas descentralizadas, em tradução livre. Trata-se de um agrupamento coletivo no qual os contratos inteligentes fazem escolhas.Os acionistas compram tokens que lhes dão direito ao voto em decisões futuras e toda a organização é executada na própria blockchain.

Casper: Consiste em uma implementação da Ethereum para processar mais transações por segundo, tratando-se de um passo intermediário para que a Ethereum mude de PoW (proof of work) para PoS (proof of stake). Casper implementa sharding, que é a divisão da cadeia principal em cadeias subcomponentes menores, para fornecer maior rendimento por meio do processamento paralelo.

ERC20: um conjunto de padrões baseados na Ethereum, sendo a base da febre por ofertas iniciais de criptomoedas e o advento das novas "altcoins", já que permite que qualquer pessoa crie um token construído sobre a blockchain da Ethereum.

Altcoins: Quaisquer cryptoassets, criptomoedas e tokens que não façam parte das blockchains Bitcoin e Ethereum. Segundo o Coinmarketcap, atualmente existem 2052 altcoins no mundo.

Stablecoins: Como o nome sugere, stablecoins, ou "moedas estáveis" são cryptoassets que não viariam tanto de preço, pois seu valor é atrelado a um ativo lastreado, como o Dólar Estadunidense ou o ouro. Apesar disso, elas não estão subjugadas a nenhum Banco Central e podem ou não ser colateralizadas com outras criptomoedas.

ICO (Oferta Inicial de Moedas): Uma ICO é uma outra maneira de originar tokens para uma blockchain. Uma ICO inclui um processo de marketing, venda privada e, em seguida, venda pública de um token recém listado, objetivando que esse token seja listado em quantas trocas de criptomoedas quanto seja possível. Não existe uma forma padrão de conduzir ICOs.

Fonte: The Next Web