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Com criptomoeda do Facebook, França propõe força-tarefa com G7 para criar regras

Por| 21 de Junho de 2019 às 17h29

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De olho na moeda criptografada do Facebook, a França quer criar uma força-tarefa do G7, bloco econômico internacional, para estudar como os bancos centrais de todo o mundo podem impor regras de combate a lavagem de dinheiro ao mesmo tempo em que garantem a proteção dos direitos do consumidor.

A notícia foi confirmada pelo governador do banco da França, François Villeroy de Galhau, nesta sexta-feira (21). A autoridade ainda disse que a força-tarefa seria liderada por Benoit Coeure, membro do conselho do Banco Central Europeu.

Nesta semana, o Facebook anunciou planos para lançar uma nova criptomoeda global chamada Libra, um esforço para expandir os pagamentos digitais. Em busca de viabilizar a Libra Association, uma entidade com sede em Genebra que administrará a nova moeda digital, o Facebook chegou a fechar parcerias com 28 parceiros, entre eles MasterCard, PayPal e Uber.

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O anúncio gerou uma reação rápida e preocupante: o Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos disse que vai realizar uma audiência sobre os planos no próximo mês. David Marcus, que supervisiona os esforços de blockchain do Facebook, deve testemunhar, de acordo com uma fonte da Reuters familiarizada com o assunto.

Já o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, declarou que a Libra precisa ser uma criptomoeda segura ou não poderá ser viabilizada, e que os principais bancos centrais do mundo precisariam assumir a missão de supervisioná-la. A França, que detém a presidência rotativa das nações do G7, disse que não se opõe ao fato de o Facebook criar um instrumento para transações financeiras, mas se opõe veementemente a que o instrumento se torne uma moeda soberana.

"Queremos combinar estar aberto à inovação com firmeza na regulamentação. Isso é do interesse de todos", disse Villeroy a autoridades do setor financeiro. O conceito de criptomoeda "estável" ainda precisa ser definido, acrescentou.

Villeroy também pediu a criação de uma rede de autoridades contra a lavagem de dinheiro, coordenada pela Autoridade Bancária Europeia, para levar a cabo medidas de emergência e até mesmo substituir as autoridades nacionais, em vez de criar uma agência europeia especializada.

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Fonte: Reuters