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Melhor fone de ouvido: como a ciência te ajuda a escolher o modelo ideal

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Dezembro de 2021 às 08h30

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vadymvdrobot/Envato
vadymvdrobot/Envato

Você provavelmente sabe que precisamos levar em consideração uma série de pré-requisitos na hora de escolher um fone de ouvido. No entanto, não são apenas aquelas informações técnicas que definem a qualidade do som — embora sejam necessárias. Na realidade, a relação entre elementos humanos, científicos, artísticos e subjetivos deve ser levada em consideração.

Para entender como isso funciona, uma equipe de pesquisadores desenvolveu um método de testagem da qualidade do som para fones de ouvido que simula a avaliação subjetiva da audição.

Com a ajuda de fatores modelados matematicamente, transformados e convertidos no índice que pode representar a qualidade geral do som dos fones de ouvido, a análise comparativa entre o teste objetivo proposto e o teste subjetivo de audição mostrou como a relação entre física, anatomia e psicologia influencia na percepção do som.

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O que é o som e como ele se propaga?

Qualquer barulho é um som. A física explica que ele é feito de vibrações do ar que consistem em uma série de zonas de alta e baixa pressão — o que determina os ciclos de uma onda sonora, que partem de uma fonte até alcançar nossos ouvidos.

De maneira simplificada, o número de ciclos que ocorrem por segundo determina a frequência ou tom do som. Sendo assim, a frequência do som é medida hertz. Os humanos podem ouvir uma frequência que se estende entre 20 Hz e 20.000 Hz, ou seja: essa é uma escala do som mais grave ao mais agudo que nosso ouvido consegue, em média, captar. Frequências mais altas, aliás, significam tons mais altos.

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Já o volume de um som é determinado pela pressão máxima de uma onda. Quanto maior a pressão, mais alto é o som. Como também possuem alto-falantes, os fones de ouvido transformam um sinal elétrico de áudio em ciclos de alta e baixa pressão, que nossos ouvidos interpretam como som.

Anatomia do ouvido

O ouvido é dividido em três partes: a orelha externa, a orelha média e a orelha interna. As ondas sonoras, ao atingirem o ouvido externo, percorrem o canal auditivo até chegar no tímpano — uma fina membrana que ‘vibra’ quando identifica variações de pressões, mesmo que sejam muito pequenas.

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As vibrações levam a informação de que há um som a dois ossos da cavidade timpânica, chamados de bigorna e martelo. Esses, por sua vez, informam outro osso, chamado de estribo, que envia a mensagem até o ouvido interno.

Depois de atravessarem essas partes do ouvido, as ondas sonoras são amplificadas e chegam ao caracol do ouvido — parte do ouvido interno composta pela cóclea. Nesta região, há uma série de estruturas semelhantes a pelos, que vibram quando há uma propagação do som.

Isso se espalha rapidamente por conta de um líquido que está presente no ouvido interno e que estimula as células nervosas do nervo auditivo a enviar esses sinais ao cérebro — que irá decodificar a mensagem até termos a concepção do som, seja ele uma voz, um latido, uma campainha tocando ou um show de rock.

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Como funcionam os fones de ouvido?

É claro que existem tecnologia e muita física para que os fones de ouvido possam levar a música até nossos ouvidos. Mas como esse mecanismo funciona? De maneira simples, esses alto-falantes fazem o contrário do nosso ouvido. Eles convertem os sinais elétricos do dispositivo em vibrações — aquelas que comentamos anteriormente —, interpretadas por nós como música, podcast, notícia ou o que quer que o autor tenha tido a intenção de gravar.

Grande parte dos aparelhos funciona com um ímã estacionário, uma bobina de fio metálico que se move para frente e para trás ao redor desse ímã, um diafragma que empurra o ar e uma suporte que segura o diafragma. Assim, quando um fio é enrolado em um ímã e a corrente dentro desse fio sofre alterações, o campo magnético ao redor da bobina muda também. Dessa forma, quando o sinal elétrico de uma música ou podcast pulsa através dos fios, ele muda a corrente e move o ímã.

O ímã, por sua vez, move o diafragma para dentro e para fora — uma espécie de vai-e-vem que cria pulsos de alta e baixa pressão. E como dissemos lá em cima, isso gera ondas sonoras, logo, é música que você ouve!

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Mas nem tudo é como ouvimos. Algumas coisas podem distorcer o som e a frequência, e isso pode deixar o som mais alto ou mais baixo do que o original. Um fone de ouvido é construído a partir das limitações físicas dos materiais — como o ímã e o diafragma. Vamos falar sobre isso a seguir.

O fone de ouvido ideal

Até aqui você já entendeu como funciona a propagação do som, a anatomia do seu ouvido e os fones. Mas, onde entra a psicologia nisso tudo? Os pesquisadores explicam que os próprios ouvintes desempenham um grande papel na decisão do que torna certo modelo um bom par de fones de ouvido. Algumas características como idade, experiência, cultura e até a preferência por gênero musical afetam o tipo de distorção de frequência que alguém vai preferir.

Os amantes de hip-hop, por exemplo, preferem fones de ouvidos com tons mais graves e os ouvintes de música clássica podem querer menos distorção de frequência e mais clareza em agudos. Quem gosta de música pop, pode preferir mais ganho em frequências médias e graves do que os apreciadores de bossa-nova. É tudo subjetivo, e a escolha do fone ideal depende muito da sua maneira de interpretar os sons.

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E claro, não há apenas música ou audição recreativa. É necessário levar em conta os fones de ouvido para deficientes auditivos, que podem destacar frequências de aproximadamente 1.000 Hz a 5.000 Hz, pois isso ajuda a tornar a fala mais compreensível. E se você não possui deficiência auditiva alguma, pode até utilizá-los no seu dia a dia, mas o resultado não seria tão bom.

Apesar de todas as técnicas citadas aqui, só existe uma maneira de saber se aqueles fones de ouvido são ideais para você conseguir escutar um bom som: coloque-os no ouvido e escolha sua música preferida — alinhando todos esses aspectos, você terá a oportunidade de ouvir o som do jeito que você gosta.

Fonte: Audio Engineering Society; The Conversation