O que é Efeito Thatcher e por que ele dá um verdadeiro nó no nosso cérebro?
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

De vez em quando, imagens da internet nos fazem lembrar de como o cérebro pode nos pregar peças. E um desses casos é o Efeito Thatcher. Você já ouviu falar desse fenômeno?
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Já faz um tempo que vem circulando pela internet uma imagem da cantora Adele, em que seu rosto está de ponta cabeça. Analisando o rosto à primeira vista, nada parece errado, mas se pegarmos essa imagem e invertermos, tudo fica muito mais bizarro. Experimente você mesmo. Vire essa foto de cabeça para baixo:
A ilusão de Thatcher foi relatada pela primeira vez pelo professor Peter Thompson, da Universidade de York, em 1980, e levantou olhares para como o cérebro processa os rostos. Em geral, os rostos são compostos das mesmas características: dois olhos, um nariz, uma boca e assim por diante. Uma maneira pela qual nossos cérebros podem processar rostos é analisá-los como uma coleção dessas características individuais separadas.
Porém, se fosse esse o caso, poderíamos esperar ser mais fácil detectar quaisquer discrepâncias em uma face de cabeça para baixo. O fato de não fazermos isso sugere que não processamos apenas características individuais, mas também as posições e relações entre essas características.
Então, quando nos deparamos com uma face invertida, não podemos processar facilmente as informações sobre a configuração, e contamos apenas com as informações sobre os recursos individuais.
Tudo parece certo, a princípio: a boca parece uma boca, os olhos parecem olhos. No entanto, quando vemos o rosto da maneira certa, de repente as informações de configuração entram em ação novamente. Usando isso em conjunto com as informações sobre recursos individuais, é fácil identificar imediatamente que algo está errado.
Ficou ainda mais curioso? Veja como funciona o efeito no vídeo abaixo!
Fonte: The Guardian, Universidade de York