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Mistérios do cérebro: por que os pontinhos "dançam" nesta imagem?

Por| 18 de Junho de 2020 às 14h22

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 Robina Weermeijer /Unsplash
Robina Weermeijer /Unsplash

É curioso como nos nossos sentidos podem nos pregar peças em determinados momentos, como no caso das ilusões de ótica, por exemplo. Há uma específica, chamada Ilusão de Hermann, em que quando se olha um desenho com quadrados negros sobre um fundo branco, tem-se a impressão de que surgem manchas "fantasmas" nas intersecções das linhas. As manchas desaparecem quando se observa diretamente a intersecção.

Nesse caso abaixo, que é uma espécie de releitura dessa clássica ilusão de Hermann, doze pontos pretos parecem trocar de lugar nessa grade. Na verdade, eles nunca se movem ou desaparecem, mas não importa a rapidez com que você desvie o olhar pela tela, parece que você não consegue visualiazar todos ao mesmo tempo:

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Em entrevista ao portal norte-americano Popular Science, a neurocientista do Centro Médico do Estado da Universidade de Nova York, Susana Martinez-Conde, diz que ainda não se sabe exatamente por que o efeito da grade de Hermann acontece. Isso torna difícil classificar a ciência do cérebro por trás de quaisquer modificações na ilusão original.

A teoria predominante dos pesquisadores para essa "movimentação" dos pontos acima é que temos mais neurônios agrupados no centro da nossa visão do que no exterior. Essa condição nos torna quase cegos para coisas ao longe, ou seja, fora do centro. Para compensar, o cérebro adivinha o que há nos arredores com base nas áreas cinzentas mais visíveis. Isso faz com que um ponto pareça sólido quando estamos olhando para ele, mas invisível quando visto com um olhar lateralizado, ou mais abrangente.

Assim, quando nossos olhos percorrem a imagem inteira, os pontos pretos entram e saem do nosso campo visual, fazendo com que pareçam estar piscando. "Nosso sistema visual é preguiçoso. Os padrões regulares são tentadores porque você pode olhar para uma pequena porção e pensar que já descobriu tudo", explica Susana Martinez-Conde.

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Fonte: Popular Science