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Crianças tendem a confiar mais em robôs que em humanos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Junho de 2024 às 09h38

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Andy Kelly/Unsplash
Andy Kelly/Unsplash

Você confiaria mais em um robô ou em um humano? Um novo artigo da Computers in Human Behavior mostra que as crianças tendem a confiar mais nos robôs! No experimento, os pequenos de três a seis anos foram expostos a dois vídeos: em um deles, uma pessoa indicava os nomes de alguns objetos. No outro, um robô fazia o mesmo.

O estudo teve o envolvimento de 118 crianças. Em alguns casos, o robô e a pessoa do vídeo davam nomes incorretos a objetos comuns (como prato, colher).

Mas nos casos em que tanto o humanos quanto os robôs demonstraram ser igualmente confiáveis, a tendência das crianças foi querer perguntar aos robôs os nomes de novos objetos e a aceitar aquilo como certo.

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Em uma segunda parte do estudo, também revelaram que, ao serem questionadas sobre quem gostariam de compartilhar segredos, de quem gostariam de ser amigos e quem gostariam de ter como professores, as crianças também tiveram uma ligeira preferência pelos robôs.

Robôs x humanos: quem é mais confiável?

A pesquisa teve como base um conceito chamado paradigma da confiança seletiva, que compara um modelo que anteriormente se mostrou não confiável com outro que já se mostrou confiável. 

Segundo o estudo, as crianças mais velhas confiavam mais nos humanos do que as crianças mais novas, mas apenas quando o robô se mostrou pouco confiável em comparação com o humano (ou seja, quando mostrava mais objetos errados no vídeo).

Mas o que exatamente o robô tem que o torna preferível e tão mais confiável que um humano? Bom, por enquanto essa questão permanece em aberto, e pode até servir como ponto de partida para outros estudos.

De qualquer forma, o estudo diz que as crianças usam múltiplas pistas sociais, cognitivas e contextuais ao decidir em quem confiar. "Os humanos já não são a única fonte de informação com a qual as crianças aprendem. As crianças de hoje enfrentam uma infinidade de dispositivos tecnológicos na sua vida cotidiana, incluindo smartphones, computadores, tablets, dispositivos domésticos inteligentes e, agora, até robôs", escrevem os pesquisadores.

A conclusão é que todas essas tecnologias podem atuar como fontes de informação, além dos pais, professores e colegas.

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"Como as crianças confiam em diferentes tecnologias em comparação com os humanos é um tópico de interesse de pesquisa altamente relevante", diz o relatório.

Confiança na IA

A tecnologia conquista cada vez mais confiança, em comparação com os humanos. Um estudo já mostrou, por exemplo, que chatbots são mais atenciosos que médicos ao responder dúvidas de pacientes. 

Como as crianças estão cada vez mais rodeadas de tecnologia, essa é uma informação que pode ser usada a favor dos profissionais de educação no futuro.

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Fonte: Computers in Human Behavior