Cães e gatos também sofrem impactos do isolamento social na pandemia, diz estudo
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
O isolamento social proporcionou inúmeros impactos no psicológico dos seres humanos, algo que já destacamos em nosso especial sobre pandemia e saúde mental, por exemplo. Mas como será que foi o impacto em animais de estimação? Quem responde isso é um estudo das Universidades de York e Lincoln, no Reino Unido.
- Se você já teve COVID-19, provavelmente seu animal de estimação também teve
- Cães e gatos também podem contrair a COVID-19; entenda os riscos
- Rússia começa a vacinar cães, gatos e visons contra COVID-19
A pesquisa examinou se a saúde mental das pessoas afetou o bem-estar de seus pets, tal como a associação entre essas mudanças e as variações na vida diária, comportamento e saúde mental dos tutores. Segundo os relatos dos participantes da pesquisa, os gatos ficaram mais afetuosos durante a fase de isolamento e lockdown, em comparação com outras espécies. Inclusive, os participantes do estudo relataram mudanças negativas nos cachorros.
O professor Daniel Mills, especialista em comportamento animal da Universidade de Lincoln, explicou que o bem-estar de um animal é fortemente influenciado pelo comportamento de seus tutores, bem como seu ambiente físico e social.
Durante o lockdown, a equipe fez uma pesquisa com mais de 5 mil tutores de animais de estimação no Reino Unido. Na pesquisa, 67,3% das pessoas relataram mudanças no bem-estar e no comportamento de seus animais durante a primeira fase de lockdown. Essas mudanças relatadas foram agrupadas estatisticamente em escalas de bem-estar positivas e negativas separadas.
No geral, aproximadamente um terço dos gatos e cães não foram afetados pelo primeiro lockdown, em comparação com cerca de 40% de outras espécies, e muitos animais tiveram melhora no bem-estar.
Enquanto isso, de 10% a 15% dos participantes relataram que seus animais pareciam ser mais enérgicos e brincalhões, e 20% a 30% indicaram que seus animais pareciam mais relaxados.
O estudo completo pode ser acessado aqui.
Fonte: phys.org