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Brand safety e combate à associação de anúncios das marcas com fake news

Por| 11 de Janeiro de 2020 às 09h00

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pixabay
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Já faz algum tempo desde que estourou o primeiro escândalo que apontava que anúncios do YouTube estavam sendo publicados em vídeos de recrutamento de um grupo terrorista. Dentro do mercado, a notícia causou um impacto gigantesco, principalmente nas marcas que se viram envolvidas na situação, e uma movimentação forte e conectada globalmente foi articulada. Todos os players do mercado começaram a pensar e criar ações para conter tais desgastes e proteger os seus ativos, como valor das marcas, budget e responsabilidade para com a sociedade.

A jornada, no entanto, é muito mais longa que aquele momento parecia mostrar. Vieram outros escândalos e as fake news, por exemplo, que hoje movimentam o nosso dia a dia enquanto sociedade e mercado. Temos o cenário de uma luta contínua para transformar esse segmento da comunicação, que enfrenta embates diários para oferecer às marcas, aos veículos e à audiência soluções que sejam efetivamente antifraudes.

Um levantamento recém-produzido pela empresa de segurança cibernética CHEQ e a Universidade de Baltimore, por exemplo, demonstrou, a partir de análise econômica, estatísticas e de dados, que as fake news geram um custo mundial da ordem de US$ 78 bilhões por ano, derivado de problemas como fraude de anúncios, bullying e notícias falsas.

Outro dado, esse de acordo com a The Global Disinformation Index, aponta que que pelo menos US$ 235 das receitas de sites extremismo ou de fake news são provenientes em parte por marcas bem conhecidas no mercado, criando um potencial desgaste de imagem para essas companhias.

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Esses dados servem para mostrar o atual estado das coisas e o longo caminho que precisamos percorrer para que tenhamos ambientes mais seguros. O que é certo é que temos de estar atentos e avançar tecnologicamente em ritmo superior àqueles que pretendem cometer fraudes e depreciar o mercado. Isso vale para o ambiente dos negócios, mas também para toda a sociedade quando olhamos o impacto das fake news nos debates sobre sustentabilidade, saúde e política.

Como transformar esse cenário e combater fraudes?

As iniciativas de brand safety são essenciais para a proteção das marcas e é preciso que cada vez mais tenhamos soluções sofisticadas para oferecer aos anunciantes, com inventários premium e qualidade, diminuindo as possibilidades de eventuais exposições.

Isso passa por elevado investimento tecnológico, com algoritmos que sejam capazes de analisar as páginas (URLs) com vídeos e fornecer muitas informações relacionadas ao ambiente do conteúdo, como o idioma da página/site, a presença de informação tóxica (violência, acidente, etc.) ou falso e a reputação.

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Os algoritmos mais interessantes hoje em dia estão focados nos próprios vídeos e na análise do significado do conteúdo e do ambiente. Por exemplo, podemos calcular alguns indicadores de qualidade visual e de áudio para eliminar conteúdo de baixa qualidade.

É possível detectar os idiomas falados, a atmosfera (violência, estádio, música etc), a presença de imagens importantes (como logotipos) e fazer a extração de palavras-chave encontradas, a partir de reconhecimento de fala e análise semântica, e do contexto, compreendendo o título e textos ao redor do vídeo. Tecnicamente falando, esses algoritmos estão baseados em processamento de sinais, aprendizado de máquina (inteligência artificial), análise semântica latente (LSA), computação paralela e Big Data.

Quando pensamos no potencial de desgaste que ações como fake news e anúncios vinculados a conteúdos tóxicos pode causar, temos que responder e nos antecipar com com uma combinação de soluções. Além da tecnologia, a elaboração atenta dos cenários e das necessidades entre todos os atores que cuidam da comunicação da empresa é fundamental para a construção de um ambiente seguro para as marcas.