Resistência | 5 motivos para assistir ao novo filme de ficção-científica
Por André Mello • Editado por Durval Ramos |
Resistência é o mais novo filme do diretor Gareth Edwards, responsável por Rogue One e Godzilla, mostrando um mundo em que humanos e robôs viviam em harmonia, até que um acontecimento catastrófico inicia uma guerra entre as duas espécies. A ficção-científica tenta abordar vários temas atuais, além de entregar uma trama cheia de ação e efeitos especiais.
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O longa, estrelado por John David Washington (Infiltrado na Klan), apresenta alguns pontos que devem chamar atenção do público e certamente valem a pena serem considerados se você ainda está na dúvida se vale ou não a pena assisti-lo. Reunimos cinco ótimos motivos para você dar uma olhada na produção.
5. Discussões sobre o avanço da tecnologia
Apesar de a discussão sobre inteligência artificial hoje em dia ser um dos tópicos mais abordados nas notícias e no nosso dia a dia, Resistência utiliza esse ponto da maneira mais palatável que o cinema consegue fazer, através da presença de robôs.
Mesmo assim, o filme levanta questionamentos sobre o uso e a evolução da tecnologia, já presente em atividades corriqueiras da humanidade em todo o mundo, e como ela pode ser benéfica. Ao mesmo tempo, o seu uso desenfreado e sem regulamentação pode trazer problemas no futuro, algo que fica bem claro na forma como a história do filme se desenvolve.
É o tipo de reflexão que a alegoria entre humanos e robôs da trama levanta, ainda que de forma bastante sutil. Assim, por meio da história dessa militar que fica dividido entre cumprir sua missão e proteger uma criança-robô, toda essa discussão sobre a nossa relação com a tecnologia se faz presente sem soar panfletária ou coisa do tipo.
4. É um bom filme de guerra
Gareth Edwards já havia demonstrado competência na direção de conflitos com Rogue One, essencialmente um filme de guerrilheiros rebeldes tentando sobreviver em meio a uma guerra. Resistência tem um gostinho que fará os fãs do longa da saga Star Wars se deliciarem.
Assim como Rogue One, o novo filme tem um aspecto "sujo", de um mundo já acostumado com a guerra e com soldados dispostos a tudo para conseguir pôr um fim a ela. No quesito de ação, Resistência traz algumas cenas emocionantes e que realçam essa ideia de que a guerra é impiedosa, não importa o lado escolhido.
3. Efeitos especiais
À primeira vista, Resistência é um filme recheado de efeitos visuais impressionantes, mas quanto mais você repara nos cenários e descobre como tudo foi feito, eles ficam ainda mais chamativos. A produção gravou boa parte do filme em locações reais, em países como Vietnã, Nepal e Tailândia, incluindo os efeitos especiais apenas após tudo já estar editado.
Isso fez com que tudo o que é visto na tela fosse feito mais rapidamente e custando menos dinheiro. Por conta disso, para aproveitar o tempo economizado, os efeitos foram refinados e são visualmente incríveis, mesmo custando metade do que normalmente um blockbuster gastaria.
Por conta disso, Resistência teve um orçamento bem abaixo da média em Hollywood, permitindo que Edwards tivesse mais liberdade para criar o seu universo. Falando nisso…
2. Construção do seu mundo
Filmes de ficção-científica têm uma facilidade na hora de criar mundos e universos parecidos com o nosso, mas ao mesmo tempo fantásticos. Resistência não é diferente e tem um dos universos mais interessantes que surgiram em uma ficção de Hollywood nos últimos anos.
Seja no estilo de robôs, na mitologia criada em torno deles e da inteligência artificial, na forma como a existência de autônomos toca em assuntos como religiosidade, tudo está ali como pano de fundo. Apesar de a história principal do filme ser bastante direta, ter esse mundo rico para explorar deixa a experiência muito mais interessante.
1. É uma história original
Nos tempos atuais, é extremamente difícil uma grande produção de Hollywood ser uma história original. Visando evitar qualquer risco na arrecadação, e os altos custos na produção de blockbusters, a maioria dos longas disponíveis são adaptações ou sequências de grandes franquias.
Resistência, pela forma como foi criado, gastando bem menos do que poderia, conseguiu sair do papel e é um exemplo do que Hollywood poderia criar caso não ficasse tão presa no ciclo de continuações e apostas certas. A ideia de um filme original desse porte estar nos cinemas é algo que precisa ser comemorado e para mostrar que existe público que quer ver mais histórias inovadoras.