Publicidade

O Mundo Depois de Nós | Entenda o final do filme

Por  • Editado por  Durval Ramos  | 

Compartilhe:
Divulgação.Netflix
Divulgação.Netflix
Tudo sobre Netflix

O Mundo Depois de Nós, longa-metragem que estreou na Netflix na última sexta-feira (8), deixou muita gente confusa com seu final. Suspense psicológico que imagina o que poderia acontecer se os EUA fossem “tirados do ar", o título não crava uma resposta sobre quem está por detrás do apagão, mas deixa nas entrelinhas o verdadeiro motivo para o país ter sido desconectado.

Quem assistiu ao filme da Netflix sabe que muitas teorias são lançadas ao longo da trama dirigida por Sam Esmail. Sem informações concretas sobre o que está acontecendo no país, os personagens tentam juntar as peças do quebra-cabeça, levantando inúmeras possibilidades que justifiquem o ocorrido.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Assim como eles, o público não vê quem ou o quê está por detrás do apagão, tendo apenas as informações dos protagonistas para se guiar. Uma visão, inclusive, que torna a experiência do longa ainda mais angustiante, pois mostra que, em um ataque não reivindicado, a população também ficaria confusa, colapsando ainda mais facilmente.

O que o final de O Mundo Depois de Nós quis dizer

Apesar do streaming não mostrar diretamente para o público a origem dos ataques, as cenas finais do filme explicam o que possivelmente está acontecendo.

Tudo começa com a conversa no carro entre G.H. (Mahershala Ali) e Clay (Ethan Hawke). George, que é do mundo financeiro e atende a um grande figurão da área de Defesa, conta que seu cliente já havia lhe confidenciado sobre um programa específico de campanha militar que o aterrorizava por sua simplicidade, mas eficácia. Um programa de três passos que, se bem executado, tinha poder suficiente para derrubar um governo.

De acordo com ele, neste programa, a primeira fase tinha como meta isolar uma nação, desabilitando suas comunicações e transportes para que o alvo ficasse mudo e paralisado.

Depois disso, seria o momento de instalar o “caos sincronizado”, espalhando desinformações e falsos ataques. Assim, as defesas do país ficariam vulneráveis a extremistas e ao seu próprio exército e a falta de um inimigo ou motivo claro levariam as pessoas a se voltarem umas contra as outras.

Por fim, se tudo isso fosse bem executado, a terceira fase do plano aconteceria sozinha. A partir daí, a população entraria em uma guerra civil, sucumbindo ao colapso e se autodestruindo.

Continua após a publicidade

Embora sozinha a conversa possa parecer apenas mais uma teoria lançada pela série, ela é a que melhor se encaixa em todas as “fases” pelos quais os personagens passam. Além de terem todas as suas conexões cortadas (isolamento), o filme mostra também como eles são surpreendidos por informações desencontradas, como os flyers de “Morte à América” e ao zumbido que ecoava de tempos em tempos (caos sincronizado).

Além disso, outras duas cenas mostradas um pouco depois também confirmam essa teoria.

Logo após assistirmos à conversa no carro entre George e Clay, Amanda (Julia Roberts) e Ruth (Myha'la Herrold) conseguem ter um vislumbre da cidade de New York enquanto estão andando pela floresta. Nesse momento, elas veem bombas explodindo por toda a cidade, lançando nuvens de fumaça monstruosas no céu e dando a entender que a terceira fase (guerra civil) já está em curso.

Continua após a publicidade

Também na sequência, a pequena Rosie (Farrah Mackenzie) encontra um bunker escondido em uma casa nas redondezas e é possível ver um alerta de emergência na tela de um dos computadores.

Segundo a mensagem, a Casa Branca e outras grandes cidades estão sob ataque de forças armadas rebeldes e alto níveis de radiação foram detectados perto de vários centros populacionais. O aviso termina ainda pedindo que a população busque abrigo e, junto aos outros indícios deixados pelo filme, sugerindo, portanto, que a teoria de G.H. está certa.

Por que o final do filme não foi mais explícito?

Continua após a publicidade

Apesar de O Mundo Depois de Nós não especificar quem são os “rebeldes” desejosos de derrubar o governo, as cenas finais dão uma ideia do plano que foi empregado para isso e da fase do projeto em que os EUA já se encontram. Mesmo assim, houve quem achasse o final do filme muito aberto e inconclusivo, como se sua história não desse as respostas que o público esperava.

Embora cada pessoa tenha expectativas diferentes ao assistir a um filme (e, ainda bem, todo mundo tenha direto de gostar ou desgostar de qualquer obra), vale lembrar que O Mundo Depois de Nós não é sobre a causa, mas sim sobre as consequências de um evento catastrófico como esse.

A proposta do filme não é debater quem ou o que está por detrás dos ataques, mas sim a reação das pessoas a essa situação. Logo, uma explicação mais detalhada até poderia satisfazer a curiosidade de parte do público, mas não era necessária para o que o longa-metragem queria abordar. Aqui, a lente de aumento é direcionada ao comportamento humano, e como situações como essa colocam nossos instintos, caráter e confiança à prova.