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Festival de Ação Japonês chega ao fim com exibição de BraveStorm

Por| 21 de Setembro de 2018 às 12h27

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Albatross/Blast
Albatross/Blast

Com exibições em 33 cidades do Brasil, o Festival de Ação Japonês chega ao seu último capítulo com o original BraveStorm. Assim como os dois filmes anteriores, Bungou Stray Dogs: Dead Apple e Tokyo Ghoul, BraveStorm foi anunciado durante o Anime Friends 2018.

O evento conta com o apoio de divulgação da Aliança Cultural Brasil-Japão e tem organização e curadoria da Sato Company, empresa referência em filmes, séries e desenhos animados no mercado brasileiro.

Enquanto BraveStorm é um filme original (com bases em duas antigas séries tokusatsus), escrito pela estreante em longas-metragens Junya Okabe, Bungou Stray Dogs: Dead Apple era uma animação inédita nos cinemas, mas derivada de uma conceituada série de mangás. Já o live-action de Tokyo Ghoul, além de ter base também nos quadrinhos japoneses – com mais de 30 milhões de cópias vendidas ao redor do planeta – tem um anime dividido em duas temporadas, spin-offs (como o ótimo Tokyo Ghoul: Jack) e foi curiosamente adaptado para o teatro.

BraveStorm será exibido nas seguintes redes de cinema e horários:

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  • Rede Espaço Itaú de Cinema: 22 de setembro às 17h30
  • Cine Roxy: 22 de setembro às 20h
  • Cinépolis: 26 de setembro às 19h30
  • Cineflix: 28 de setembro às 19h30

Vale ressaltar, também, que as sessões acontecem de forma única e exclusiva.

Daqui em diante o texto pode conter spoilers do filme. Cuidado!

BraveStorm

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Não é difícil perceber, desde o princípio, a carga ambientalista do filme de Junya Okabe: Iniciando por consequências, a roteirista e diretora revela um mundo arruinado pela devastação causada pelo Barão Negro – um robô gigante construído pela raça alienígena Kilgi –, que expele um gás tóxico aos seres da terra, acabando com o oxigênio e exterminando a todos. Essa introdução já revela, também, o clássico Silver Kamen (protagonista de um tokusatsu da década de 1970) repaginado.

Dotado de um orçamento baixo em comparação às sci-fis de Hollywood, a produção de BraveStorm mostra-se corajosa ao não economizar nos efeitos especiais que, enquanto no cinema podem causar uma aceitação muito acima do razoável, quando reduzidos às imagens das TVs poderão se tornar frágeis e causar algum desconforto.

Felizmente, esse ponto, por mais que tenha algum poder negativo, perde força se for levado em consideração o todo (como precisa ser), porque se está diante de um filme dirigido com conhecimento de causa e, especialmente, com o coração (o que acontece com muitos estreantes competentes).

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Isso quer dizer muita coisa: que Okabe em nenhum momento se entrega à reprodução fiel de um tokusatsu, pois ela está disposta a construir um filme que possa ser visto independente do passado dos personagens – mesmo que leve em consideração o poder nostálgico deles; que a preocupação central do filme não se atém ao lucro final, visto que a mensagem construída é extrafilme e completamente vital (a não ser que não se creia que a humanidade está destruindo o planeta); e que há sempre a possibilidade de construir uma nova obra, utilizar personagens pré-existentes e não macular estes.

É verdade, também, que o roteiro da própria Okabe não é profundo o suficiente para suscitar discussões e dar espaço para análises mais detalhadas do seu teor. Ela (Okabe) é extremamente direta no que quer dizer, inclusive o diz com a fala final do alienígena kilgi. A exposição, nesse ponto, é extrema – quase uma mensagem de programa eleitoral. Diz, ele (o alien), que escolheu a Terra porque os humanos já estavam destruindo tudo, então ele apenas acelerou o processo para salvar a própria pele: “Eu não queria [aniquilar para poder viver] um planeta harmonioso e tranquilo.”

BraveStorm tem muito a dizer e o faz sem enrolação. É expositivo, sim, mas talvez menos do que os sinais claros e reais que a Terra tem dado com a humanidade a devastando. É uma produção nostálgica para aqueles que conhecem o Silver Kamen e o Red Baron – ambos com excelentes atualizações estéticas –, mas também funciona para quem nunca teve contato com esses heróis que surgiram há quase meio século.

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Eis um filme corajoso e que merece a continuação que promete ao final. Resta saber se amadurecerá ou se estará satisfeito com a abordagem rasa e tão direta desse primeiro capítulo. De qualquer forma, a pretensão é bem atrevida. E isso é de se admirar quando há algo a dizer através de um formato que tecnicamente necessita de um orçamento bem mais robusto.

Para relembrar: quando?

  • Rede Espaço Itaú de Cinema: 22 de setembro às 17h30
  • Cine Roxy: 22 de setembro às 20h
  • Cinépolis: 26 de setembro às 19h30
  • Cineflix: 28 de setembro às 19h30