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Disney investe US$ 65 milhões para trazer realidade virtual para os cinemas

Por| 22 de Setembro de 2015 às 09h39

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Disney investe US$ 65 milhões para trazer realidade virtual para os cinemas
Disney investe US$ 65 milhões para trazer realidade virtual para os cinemas
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Não é apenas a indústria de games que está empolgada com as possibilidades da realidade virtual. A Disney, por exemplo, está bem interessada em trazer essa tecnologia também para os cinemas — tanto que investiu nada menos do que US$ 65 milhões para ajudar a fazer com que a novidade seja usada também na produção de filmes.

A ideia da empresa não é apenas adaptar o conteúdo já existente, mas permitir que cineastas criem algo compatível com a realidade virtual. Na prática, é mais ou menos o que o diretor James Cameron fez com Avatar e o 3D, ou seja, desenvolver uma câmera especial que vai gerar imagens de maior qualidade e capacidade de imersão.

Para isso, ela investiu o equivalente a R$ 258 milhões em uma startup norte-americana para a criação do equipamento necessário. Segundo o site CNET, a escolhida para essa tarefa foi a Jaunt, que já trabalha há algum tempo na produção de uma câmera capaz de gravar cenas em um ângulo de 360º. Isso deve permitir que o espectador tenha total liberdade para olhar ao redor e ver o que acontece em torno dos personagens do filme.

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De acordo com a startup, todo esse dinheiro vai ser mais do que suficiente para que eles tragam a experiência cinematográfica para a realidade virtual, algo que ainda não vimos sair do papel. Para a Jaunt, o empurrãozinho dado pela Disney vai ser uma enorme ajuda não apenas na criação da câmera, mas também dos programas relacionados a todo o processo.

E, enquanto o uso dessa tecnologia dentro dos games parece se encaixar muito bem dentro da proposta de interatividade que o meio oferece, imaginar isso em um filme ainda soa como algo muito estranho. O cinema sempre foi muito engessado, nos mostrando apenas aquilo que o diretor imaginou e sem a possibilidade de alterar essa lógica. Assim, pensar nas aplicações da realidade virtual na Sétima Arte parece algo bem "incoerente".

Por outro lado, há toda a questão comercial da coisa. O VR é a grande tendência para os próximos anos e, mesmo retirando da equação o viés artístico, o cinema de entretenimento pode tirar muito proveito disso — ainda mais quando falamos de Disney. Faz todo o sentido do mundo o interesse da empresa nessa novidade, uma vez que a sua principal filosofia é a de vender experiências. Basta pensar no quanto as pessoas pagariam para assistir a um Piratas do Caribe ou um Tron totalmente ambientado dentro da realidade virtual.

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Isso sem falar que essa é uma tecnologia que pode — e vai, com toda a certeza — ser aplicada em seus parques. Pode esperar para encontrar os característicos óculos em várias atrações da Disney em vários cantos do mundo.

Além disso, não há como esquecer que a gigante ainda é proprietária de uma série de canais nos Estados Unidos, como o ABC e a ESPN. Assim, esse investimento no VR não é apenas para criar um novo modo de vermos um filme ou de interagirmos com o Mickey, mas também de ampliar o entretenimento doméstico.

Basta olhar para a emissora esportiva para imaginar as possibilidades que devem sair daí. Uma final do Super Bowl, por exemplo, poderia ser transmitida a partir dessas câmeras especiais produzidas pela Jaunt para fazer com que o espectador se sinta no meio do campo — e tudo isso seria vendido a partir de um pacote específico. Parece algo absurdo, mas que já vem sendo testado há algum tempo.

A entrada da Disney no mundo do VR pode ser um impulso e tanto para a tecnologia. Mais do que ser funcional, a novidade precisa do apoio das grandes companhias para se popularizar — e não há a menor dúvida de que a entrada da empresa na brincadeira era o que faltava para mostrar que a realidade virtual vem mesmo para ficar.

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Fonte: CNET