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Crítica Beekeeper: Rede de Vingança | Domingo Maior em sua essência

Por| Editado por Durval Ramos | 10 de Janeiro de 2024 às 16h00

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Divulgação/Diamond Films
Divulgação/Diamond Films

Existe uma categoria de filmes que, mesmo com décadas de diferença entre si, conseguem passar a mesma sensação ao serem assistidos. Filmes de ação que você assiste 15 minutos e logo pensa "Que gloriosa produção para o Domingo Maior".

O bloco de filmes da TV Globo, que passa tarde da noite nos domingos, sempre trouxe longas de ação com atores conhecidos do gênero, mas que nunca foram uma unanimidade nos cinemas. Durante muito tempo, ali era o lugar para aquelas produções que faziam sucesso mesmo na locadora do bairro, como Guerreiro Americano ou algum filme com o Lorenzo Lamas.

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Por que estou falando isso? Porque Beekeeper: Rede de Vingança, estrelado por Jason Statham (Velozes e Furiosos 10) carrega esse legado de filme de ação com uma história meio besta, mas com umas cenas de pancadaria legais, um herói meio brucutu e situações que normalmente um pai de família diria "Tudo mentirada isso aí". Em resumo, tudo aquilo que o Domingo Maior sempre prezou.

Lutando para proteger os vulneráveis

Beekeeper: Rede de Vingança apresenta Adam Clay, interpretado por Statham, um apicultor que vive em celeiro alugado na fazenda de uma senhora chamada Eloise, interpretada por Phylicia Rashad (Creed 3). Enquanto ele cuida das abelhas no local, serve como ajudante para a idosa

Um dia, ao mexer no seu computador, Eloise recebe um aviso que seu computador pode ter sido infectado e um número de telefone. Claramente um golpe, ela cai em uma central de atendimento preparada para "ajudá-la". Em poucos minutos, a idosa que não tem familiaridade com computadores é enganada e perde toda as suas economias, além de uma conta de uma organização de caridade que cuidava.

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Envergonhada e sem saber o que fazer, Eloise tira a própria vida, sendo encontrada por Clay. Quando a filha da idosa, uma agente do FBI chega ao local, acredita que o apicultor foi o culpado, mas logo descobre sobre o golpe que sua mãe levou. Sem conseguir encontrar provas que incriminem diretamente a empresa para onde ela ligou, fica de mãos atadas. É então que Clay resolve agir.

Rapidamente, percebemos que Adam Clay é, na verdade, um agente aposentado de uma agência secreta que recebe o nome apenas de Beekeeper. Como um favor, ele consegue os dados da empresa e resolve ir até o prédio, literalmente tacando fogo em tudo.

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Desse momento em diante, o filme se torna uma jornada de Clay seguindo em direção aos responsáveis por roubar idosos e Verona, a filha de Eloise, tentando descobrir quem ele realmente é e as pessoas por trás dos golpes. Uma personificação da nossa vontade de esganar os golpistas que volta e meia ligam para nós.

Um filme que não surpreende, mas entretém

A direção de David Ayer (Esquadrão Suicida) funciona bem aqui, pois Beekeeker - Rede de Vingança é um filme que sabe exatamente o que é e não tenta reinventar a roda. As cenas de ação são bem feitas, mas nada que se destaque. Sua história consegue se desenvolver de maneira ágil e satisfatória, mas é longe de ser revolucionária ou sequer surpreendente.

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As atuações não são particularmente inspiradas, já que, em vários momentos, Statham tem uma cara sem muita expressão e Emmy Raver-Lampman (Umbrella Academy), que interpreta Verona, não parece tão abalada com a morte da mãe como deveria. Porém, o trabalho de Josh Hutcherson (Jogos Vorazes) como o vilão do filme é tão irritante que você quer ver Clay passando por cima de todo mundo como um trator para chegar até ele.

Ao longo de suas quase duas horas de duração, o longa se mostra divertido exatamente por trazer essa aura de produção de ação honesta. Apesar de deixar algumas informações sobre a agência secreta quase como uma esperança de engatar uma possível sequência, Beekeeper: Rede de Vingança parece demais um filme que você assiste com um pai, tio ou avô porque "tem aquele careca do filme dos carros" (isso pode ser aplicado para vários atores).

Assim como os clássicos do Domingo Maior, Beekeeper consegue entreter bem o espectador, com um personagem principal que parece viciado em abelhas, usando piadinhas e trocadilhos ligado aos insetos, que em vez de soarem como algo vergonhoso, trazem essa sinceridade que os longas antigos tinham.

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Falando de um jeito que pode até parecer ofensivo, mas não é, Beekeeper é um filme bobo, mas que com poucos minutos, você entende exatamente como ele será e está tudo bem. Pensando com bastante afinco, ele pode ser comparado com o primeiro John Wick.

As cenas de ação dele não chegam nem perto das do filme com Keanu Reeves e a sua trama não é tão bem trabalhada, mas existe um clima nos dois filmes que os deixa bastante próximos. Enquanto a agora franquia do assassino por aluguel foi ficando cada vez maior e mais caótica, seu início era bastante contido, apenas pincelando ideias com cenas de ação muito bem feitas.

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Beekeeper: Rede de Vingança faz isso, mas não tão bem, ainda que seja satisfatório o bastante para que possa continuar no futuro. Isso não significa que as aventuras de Adam Clay possam alcançar o mesmo nível de sucesso de John Wick, mas se até Guerreiro Americano conseguiu chegar até o quinto filme, Jason Statham pode garantir aquela graninha por mais alguns anos com essa potencial franquia.

Beekeeper: Rede de Vingança estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 11 de janeiro.