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Atores e diretores podem boicotar Warner após anúncio de estreias híbridas

Por| 10 de Dezembro de 2020 às 22h00

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Quando a Warner Bros anunciou que Mulher-Maravilha 1984 seria lançado simultaneamente nos cinemas e no HBO, o mercado até aceitou, por se tratar de uma estreia em situação de pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Contudo, quando a companhia revelou na semana passada que todos seus grandes filmes de 2021 seriam distribuídos dessa forma, as redes de cinema criticaram a iniciativa. E, desde então, estúdios parceiros já assinalaram um processo judicial para questionar essa decisão. Agora, atores e diretores até mesmo cogitam um possível boicote ao grupo controlador WarnerMedia.

Falando especificamente de Mulher-Maravilha 1984, o barulho não foi tão grande porque houve um acordo entre a Warner Bros e a rede de cinema AMC, a maior dos Estados Unidos, com um percentual maior de divisão da receita com bilheteria. Além disso, tanto a cineasta Patty Jenkins quanto a atriz Gal Gadot foram avisadas sobre esse modelo de distribuição — e ambas teriam recebido US$ 10 milhões a mais, como uma forma de compensação pela mudança de diretrizes de última hora. Vale destacar que uma mudança brusca de modelo de negócios como essa envolve o pagamento desses profissionais, já que a receita da bilheteria costuma estar envolvida nos contratos.

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Contudo, quando a Warner Bros anunciou que todos os filmes de 2021 serão distribuídos também no HBO Max na mesma data da estreia dos cinemas, pegou todos de surpresa. A AMC e a Cinemark já estão contra essa decisão, assim como o estúdio Legendary Pictures, que produziu e bancou a maior parte dos custos de Godzilla vs Kong e Duna.

A bronca dos diretores e atores

No início da semana, essa notícia caiu como uma bomba em todos os corredores de Hollywood e, por enquanto, entre os grandes cineastas, Christopher Nolan é quem tem sido mais “vocal” com a causa. Ele chegou a dizer que o “HBO Max é a pior plataforma de streaming”. Agora, o The Hollywood Reporter afirma que, embora não hajam declarações oficiais, tanto James Gunn quanto Denis Villeneuve estariam descontentes com essa distribuição híbrida.

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Vale destacar que Gunn e Villeneuve comandam duas das principais estreias da Warner Bros em 2021, The Suicide Squad e Duna, respectivamente. Além deles, os atores envolvidos nesses filmes e outros diretores também disseram terem sido pegos de surpresa com a decisão. Lembrando o fato que muitos dos contratos dessas produções possuem cláusulas envolvendo divisão de lucros sobre a bilheteria.

Dessa forma, muitos dos colaboradores vêm pressionando as associações para lidar com o assunto. E a primeira das que estaria se movendo para encarar a Warner Bros é a Directors Guild of America, que representa os diretores. Há o aceno de um possível boicote à WarnerMedia, embora ainda não existam detalhes de como seria essa ação.

Por enquanto, a Warner Bros segue com seus planos, mas, como dá para notar, o assunto ainda vai render bastante nos próximos meses.

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Fonte: The Playlist