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Água na Boca | Conheça filme brasileiro com Thiago Lacerda e Carol Chalita

Por| Editado por Jones Oliveira | 13 de Março de 2023 às 17h30

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Maria Helena Mello
Maria Helena Mello

Quem gosta de cinema nacional já pode comemorar mais uma novidade chegando. Trata-se de Água na Boca, um filme que mescla suspense e boas doses de sedução para conquistar o espectador. Estrelado por Thiago Lacerda (O Tempo e o Vento) e Carol Chalita (Questão de Família), o longa é uma produção independente que já está em fase de negociação e foi selecionado para representar o Brasil no festival de Bangalore na Índia.

A fim de entender mais sobre o longa e desvendar os bastidores da produção que tem previsão de estreia para 2023, o Canaltech conversou com exclusividade com o diretor Duanne Buss dos Santos, que também assina a direção de imagem do BBB 23. Em pouco mais de uma hora de conversa, ele nos contou sobre o processo de roteirização, produção e a escolha do elenco do filme.

Para começar, a trama acompanha um casal que está isolado em uma espécie de sítio. Sem internet e televisão, eles embarcam em um jogo de sedução, onde a principal arma é a gastronomia. Cozinhando um para o outro, Júlio (Thiago) e Helena (Carol) vão revelando seus segredos pouco a pouco e se tornando cada vez mais íntimos.

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Inspirados por um cenário paradisíaco, cercado de montanhas, rios e muita natureza, o casal vai testando a sintonia nas panelas e na cama. Júlio, um ex-chefe de cozinha, famoso no meio, tenta esquecer os problemas que deixou para trás e focar apenas na sua nova paixão. Já Helena, jornalista especializada em crimes virtuais, mergulha de cabeça no romance sem pensar muito nas consequências que isso trará para sua vida.

O clima de harmonia muda, no entanto, com a chegada de Daniel (ex-marido de Helena) e Luiza, o que deixa Júlio apreensivo e revela seu lado mais sombrio: a impulsividade.

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O que esperar de Água na Boca?

Quem for assistir ao longa vai encontrar um suspense que vai sendo construído aos poucos. Júlio, por exemplo, é um homem que está foragido, e a razão disso não é mostrada logo no início da trama de Água na Boca. O diretor Duanne também conta que o filme é uma obra sobre sentimentos, sobre o amor e a paixão e as diferentes formas de lidar com isso.

Vale ressaltar que o filme abusará de cenas de intimidade para atiçar o público e contar tal história. Sobre isso, o diretor afirmou que apesar de não terem contado como um profissional especialista no assunto, como aconteceu na série Olhar Indiscreto, que teve o auxílio de uma coordenadora de intimidade, houve muito respeito e cuidado com esse tipo de cena:

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“A gente foge da vulgaridade, mas também não é um filme que trata o sexo de uma forma tão sublime que ele vira uma coisa idealizada. No caso de Água na Boca, o sexo é um canal mesmo e ele é mostrado de uma forma importante na atração daquelas pessoas. Um casal que está isolado em um sítio… Se aquele sexo não é muito legal, muito maravilhoso, a relação não dura 10 minutos, alguém vai embora. E não são cenas que darão vergonha a ninguém, muito pelo contrário. Eu fui muito cuidadoso com isso porque ao mesmo tempo que eu queria um sexo com uma certa verdade, eu não queria uma coisa explícita ou crua demais.”

Duanne ainda reforçou que tiveram muitos ensaios, especialmente entre a dupla Thiago e Carol, que ficaram em uma suíte de hotel repassando o texto e lapidando as cenas.

A escolha das locações e dos atores

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Ao contrário do que se pode imaginar, Thiago e Chalita não foram os primeiros nomes que passaram na cabeça do diretor e roteirista. Ele conta que para dar vida à história tinha escolhido Dudu Azevedo e Letícia Spiller, mas ambos tiveram contratempos profissionais e não puderam continuar no projeto.

“A primeira pessoa que eu convidei para o filme foi o Dudu Azevedo, meu amigo pessoal.Ele demorou umas duas semanas para ler [o roteiro], e depois me respondeu dizendo que estava doido para fazer o projeto. Então chegamos na Letícia Spiller. Ela fez uma leitura com a gente maravilhosa ainda no tempo da pandemia. Eu estava em outro trabalho em Paraty e acompanhei os dois online. Ela estava empolgada, só que foi fazer um filme no Chile, e a atriz que também participava dessa produção sofreu acidente e quebrou a mandíbula. Isso fez com que o filme ficasse parado, sem previsão de retorno. Então, Letícia falou que não poderia assumir esse compromisso conosco sem ter resolvido as coisas por lá. Ainda tinha aquela fase da quarentena. Foi complicado.”

Diante dessa impossibilidade, Dudu (Azevedo) sugeriu o nome de Carol Chalita e foi assim que ela se tornou a protagonista do longa. O que o diretor não contava, no entanto, era que o próprio Dudu também não iria poder participar da produção. Na época de assinar o contrato, o ator passou em um projeto grande da Netflix e teve que recusar a proposta de Duanne.

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“Eu perdi a protagonista feminina, e agora eu perco o masculino, né? Falei 'caramba e agora?'. E então surgiu o nome do Thiago. Ligamos para ele, mandamos o roteiro e quando conversamos novamente, ele me disse que já tinha lido o roteiro três vezes. E aí pediu para conversar comigo no dia seguinte e fazer uma leitura com a Carol no outro. Eles já se conheciam, mas nunca tinham trabalhado juntos. Quando eu falei do nome dele [Thiago], ela adorou a ideia."

Vale ressaltar que além dos protagonistas, completam o elenco Well Aguiar (Jogo de Xadrez) e Ana Lua Sacchetti. Já em relação às locações, Duanne conta que gravou o filme no seu próprio sítio, que fica na serra carioca, em Nova Friburgo. Um local que ele conhecia bem, o que facilitou o processo de gravações:

“Eu desenvolvi uma história com poucos personagens e poucas locações, e fiz o filme no meu sítio que é um lugar bonito.”
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Principais dificuldades de Água na Boca

Apesar de ter uma locação paradisíaca, a equipe do filme foi bastante castigada pelas chuvas na época da gravação, que aconteceu no final de 2021. A pandemia do coronavírus também foi um empecilho, uma vez que exigiu que todos os atores fizessem periodicamente testes de covid-19, usassem máscaras nos ensaios e, claro, tivessem a consciência de se cuidar e não se expor à contaminação.

Filme independente, mas não amador

Um ponto que Duanne frisa bastante na entrevista é que, apesar de ser um filme independente (sem patrocínio) e com orçamento baixo, ele não queria que a obra tivesse cara de amadora.

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"Ele não parece um filme amador porque não é amador. Ele é um filme profissional feito por profissionais"

Quando e onde assistir à Água na Boca?

Água na Boca será distribuido pela A2 Filmes, mas ainda está em fase de negociação, o que quer dizer que não existe uma data determinada de quando ele irá estrear, mas ao que tudo indica ele deverá chegar às telonas ainda neste ano de 2023.

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Com um elenco de peso, com Thiago Lacerda, Carol Chalita, Well Aguiar e Ana Lua Sacchetti, e uma trama que promete prender atenção da audiência, o filme pode ser uma boa opção para aqueles que gostam de uma história intrigante.