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Origens do monumento de Stonehenge podem ter sido reveladas em novo estudo

Por| 29 de Julho de 2020 às 18h00

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Reprodução: Britannica
Reprodução: Britannica

Arqueólogos estão trabalhando com um pedaço de 91 centímetros de rocha, em formato cilíndrico, que foi retirado diretamente do coração de Stonehenge. A peça foi obtida pelo ex-cortador de diamantes Robert Phillips e então devolvida para o Reino Unido há poucos anos, podendo revelar um pouco da origem desse monumento tão misterioso.

De acordo com os pesquisadores, os blocos que formam Stonehenge vieram de uma floresta que fica a cerca de 25 quilômetros de distância, confirmando a hipótese de longa data sobre a construção. Com a confirmação da origem, é possível ainda trazer uma luz sobre quem foram os construtores envolvidos na estrutura.

Stonehedge foi construído há cerca de 3,000 anos a.C. e, por centenas de anos, se tornou um local de cerimônias por parte de pessoas vindas do que, hoje, é o País de Gales. A estrutura conta com 52 pedras maciças de sílica de 25 toneladas, conhecidas também como sarsens.

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Robert Phillips, em 1958, fazia parte de uma equipe que foi contratada para reerguer três grandes blocos que, há mais de 100 anos, haviam tombado do monumento. Quando uma dessas rochas foi erguida, perceberam que ali havia uma rachadura. Então, foi feito um buraco através desse corte, o prendendo com um parafuso de metal para um reforço. O centro desse corte, então, foi o que o pesquisador levou para casa como lembrança. Hoje, é proibido destruir qualquer pedaço intacto de Stonehenge.

A pedra foi analisada pelo geólogo Jake Ciborowski, da Universidade de Brighton, com a ajuda de um espectrômetro portátil de raio-x. Foram feitas leituras da superfície e de todas as 52 composições químicas existentes nas pedras sarsen. Mesmo sendo compostas de 99% de sílica, as rochas contam ainda com traços de alumínio, carbono, ferro, potássio e magnésio, entre outros elementos.

Segundo os pesquisadores, 50 das 52 sarsens existentes em Stonehenge, inclusive a obtida por Phillips, possuem composição química praticamente idêntica. Ou seja: todas elas podem ter vindo do mesmo lugar. Os pesquisadores compararam a "assinatura química" detalhada com a peça de Phillips com amostras colhidas de 20 campos de rochas do sul e leste da Inglaterra, e quase 100% correspondem às rochas de uma floresta chamada West Woods, ao sudeste de Marlborough Downs.

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Pesquisadores acreditam, agora, que será preciso colher mais amostras para confirmar a possível descoberta, antes de encerrar o caso. No entanto, eles comemoram que as rochas sarsen estão, finalmente, recebendo a atenção merecida, após anos sendo negligenciadas.

Fonte: Science Mag