Pterossauro de pescoço longo tinha estrutura óssea impressionante, diz estudo
Por Natalie Rosa • Editado por Luciana Zaramela | •
Os pterossauros da família Azhdarchid, répteis voadores gigantes e de pescoço longo que sobrevoavam o habitat dos dinossauros terrestres, são os maiores animais vertebrados que já voaram, segundo um novo estudo publicado na revista científica iScience. As criaturas viveram no período Triássico Superior até final do período Cretáceo, há mais de 200 milhões de anos.
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Mas o que os cientistas vinham investigando, há bastante tempo, era como esses animais conseguiram carregar as suas presas na boca, uma vez que seus ossos, assim como os da maioria das aves, eram leves e frágeis. Além disso, seus pescoços longos e finos também poderiam ser um empecilho na hora de caçar. Mas o estudo chegou à conclusão de que essas pterossauros tinham uma estrutura óssea única, semelhante a uma hélice.
De acordo com a pesquisa, as vértebras das criaturas voadoras contavam com suportes finos que se estendiam até um tubo neural central na parede da vértebra, assim como os raios de uma bicicleta, por exemplo. David Martill, paleontólogo e co-autor do estudo, conta que nunca havia visto uma estrutura parecida em outro tipo de animal. "Essa estrutura resolve muitas preocupações sobre a biomecânica de como essas criaturas foram capazes de segurar suas grandes cabeças, maiores que 1,5 metro, e pescoços mais longos que os das girafas atuais, sem perder a capacidade de voar", explica.
Os pesquisadores coletaram os fósseis dos pterossauros da região de Kem Kem, em Marrocos, e posicionaram as vértebras em uma máquina de tomografia computadorizada. Então, com a ajuda de engenheiros biomecânicos, foi possível descobrir que as estruturas eram extremamente necessárias para a ajudar na sustentação de seus pescoços. O estudo descobriu também que apenas 50 dessas estruturas parecidas com os raios das bicicletas foram capazes de aumentar em 90% a capacidade de suporte de peso.
O suporte do pescoço dos pterossauros era crucial para que eles conseguissem fazer suas caçadas sem se machucar ou quebrar alguns ossos da região. Chegando a essas respostas, agora os paleontólogos conseguirão estudar mais a fundo as formas de captura das presas, a maneira como essas criaturas se mexiam e o quanto elas poderiam crescer.
Fonte: Popular Science