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Projeto do maior reator de fusão nuclear do mundo avança

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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US ITER
US ITER

Em busca de novas fontes de energia limpa, os planos do International Fusion Energy Project (ITER) avançam na França. A iniciativa pretende criar o maior reator de fusão nuclear do mundo, através de um grande consórcio com mais de 30 países. A expectativa é que tudo fique pronto até 2039, mas esses prazos ainda podem ser prolongados por questões técnicas.

Nesta semana, os países envolvidos, incluindo os EUA, Rússia, China, Japão, Índia e os membros da União Europeia, celebraram a entrega das 19 bobinas que serão a base do poderoso reator de fusão nuclear, o Tokamak ITER. 

Com 17 metros, as bobinas de campo toroidal (TF) contêm ímãs supercondutores. Dentro do projeto, elas serão fixadas ao redor do recipiente de vácuo para produzir uma energia magnética total de 41 gigajoules e um campo magnético máximo de 11,8 tesla. Este é o primeiro passo rumo a um futuro com usinas de fusão nuclear, produzindo energia limpa.

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Maior reator de fusão nuclear do mundo

Esta promessa no campo da energia limpa é inspirada nos mecanismos internos do Sol e das estrelas, já que usam a fusão nuclear como forma de gerar energia. Ali, os núcleos de hidrogênio são fundidos, com a ajuda dos poderosos imãs das bobinas. Todo o processo gera átomos de hélio e também libera muita energia.

A energia liberada pela fusão dos átomos será aproveitada pelo Tokamak ITER. Ela é absorvida como calor nas paredes do recipiente. Da mesma forma como ocorre em uma usina de energia convencional, esse calor é usado para a geração de vapor e, em seguida, eletricidade por meio de turbinas e geradores.

A grande vantagem da fusão em relação à fissão nuclear, estratégia adotada pelas usinas nucleares, é que não são gerados resíduos radioativos. Como não ocorre a liberação de gases do efeito estufa, o que colaboraria com as mudanças climáticas, a energia é considerada limpa.

Fonte: ITER