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Por que o Sol ficou azul 200 anos atrás? Cientistas acreditam ter a resposta

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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NASA
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Parece que cientistas descobriram o “culpado” que fez o Sol parecer azul em 1831. Naquele ano, uma erupção vulcânica disparou tanto enxofre gasoso na atmosfera da Terra que diminuiu a temperatura global e até mudou a cor que nosso astro parece ter. O que não se sabia era qual foi o vulcão responsável pelo evento, mas um novo estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences pode ter resolvido o mistério. 

Pode até parecer que nosso Sol é amarelado, mas na verdade, sua cor verdadeira depende de fatores como o comprimento de onda da luz, aspectos ambientais, a sensibilidade dos nossos olhos, entre outros. Segundo relatos de observadores no hemisfério norte, as partículas lançadas pela erupção deixaram o Sol parecendo ter tons azulados; outras descrições apontam que a estrela pareceu ser roxa e até esverdeada

Agora, os pesquisadores parecem ter descoberto qual foi o vulcão culpado pelo evento. Segundo a equipe, a erupção foi causada pelo vulcão Zavaritskii, localizado na ilha de Simushir. Eles o identificaram após analisar cinzas preservadas em amostras de gelo, que eram como “impressões digitais” com correspondência perfeita ao esperado daquele vulcão. 

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“Encontrar a correspondência levou um longo tempo e exigiu colaboração extensa com colegas do Japão e da Rússia, que nos enviaram amostras coletadas destes vulcões remotos há décadas”, disse Will Hutchinson, geocientista que liderou o estudo. Felizmente, o esforço valeu a pena. 

“Na hora em que analisamos as duas cinzas juntas, uma do vulcão e uma do gelo, foi um verdadeiro momento ‘eureca’”, acrescentou. Além de ser um belo trabalho de geologia forense, o estudo nos lembra que há vários vulcões no mundo sem monitoramento, destacando a importância de nos prepararmos para o caso de algum evento semelhante acontecer. 

Para o autor, o desfecho não seria muito melhor se a erupção acontecesse nos dias de hoje. “Isso só mostra como vai ser difícil prever quando e onde vai acontecer a próxima erupção capaz de mudar o clima”, finalizou. 

Fonte: University of St Andrews