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Pirita | Ouro de tolo é mais valioso do que parece

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Abril de 2024 às 14h41

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Peter Olexa/Unsplash
Peter Olexa/Unsplash

Popularmente conhecida como "ouro de tolo" por causa da cor amarelada, a pirita é uma liga de estanho e enxofre, com baixo valor comercial no mercado. No entanto, cientistas norte-americanos acabaram de anunciar a descoberta de piritas ricas em lítio, material extremamente valioso e usado em baterias de íon-lítio de celulares, computadores e carros elétricos. Também é útil em reatores de fusão nuclear.

De certa forma, a pesquisa do Laboratório IsoBioGeM, na Universidade da Virgínia Ocidental (EUA), muda a forma de encarar a pirita, de ouro de tolo “barato” para um material valioso e essencial na corrida global pela transição energética, com o possível fim dos combustíveis fósseis.

Por enquanto, a equipe analisou 15 amostras de pirita, retiradas na região dos Apalaches, que se estende por parte dos EUA e do Canadá. Ainda não se sabe se a presença de lítio é comum em piritas de outros locais do globo.

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Pirita é possível fonte de lítio

A descoberta é preliminar no mineral, já que investiga piritas encontradas em uma única região, como explica Shailee Bhattacharya, geoquímica e uma das autoras do estudo, em nota. “Este é um estudo bem específico”, reforça a especialista.

Entretanto, o estudo traz boas perspectivas na área de energia renovável, já que a demanda por lítio é cada vez maior em todo o mundo. Nesse cenário, é possível que tenha sido descoberta uma nova fonte do metal, até então desconhecida. 

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Atualmente, as fontes primárias de lítio envolvem alguns tipos de rochas ígneas, como pegmatitos, e argilas vulcânicas, encontradas em pontos específicos. Escalonar a extração, a partir do ouro de tolo, pode facilitar criação de baterias e o uso de fontes de energia mais sustentáveis.

Investigando o "ouro de tolo"

Os achados relacionando a pirita com o lítio foram apresentados durante a Assembleia Geral da European Geosciences Union (EGU), que ocorreu na última semana, em Viena, na Áustria. Até o momento, os resultados da pesquisa ainda não foram descritos em um artigo científico.

De forma paralela, os autores indicam a necessidade de realizar estudos do tipo em amostras de pirita coletadas em outros países. Se os resultados forem positivos, é possível que a descoberta inicie uma nova era no futuro das energias mais sustentáveis.

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Fonte: EGU