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Criador da revolucionária bateria de íons de lítio morre aos 100 anos

Por| Editado por Wallace Moté | 27 de Junho de 2023 às 09h39

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(Foto: Reprodução/University of Texas at Austin)
(Foto: Reprodução/University of Texas at Austin)

Cientista americano criador da bateria de íons de lítio e pessoa mais velha a ganhar o Prêmio Nobel, John Bannister Goodenough morreu no último domingo (25) aos 100 anos de idade, apenas um mês antes do seu aniversário de 101 anos.

Embora você possa não ter ouvido falar do Dr. Goodenough, sua criação impactou o mercado e influenciou basicamente todos os produtos eletrônicos portáteis que você possa ter utilizado nos últimos anos. O cientista é um dos creditados pela criação da bateria de íons de lítio, que oferece carregamento mais rápido, dura mais e tem maior densidade de carga em um tamanho compacto.

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Em 2019, Goodenough ganhou o Prêmio Nobel de Química em reconhecimento pela criação das revolucionárias baterias de íons de lítio. O prêmio foi dividido com Stanley Whittingham e Akira Yoshino pelo trabalho com baterias de lítio.

Embora pesquisadores tenham explorado baterias de lítio no passado — como o já citado Dr. Whittingham que projetou uma célula combinando o lítio com dissulfeto de titânio que, embora pudesse conter energia, podia facilmente causar explosões — foi Goodenough que desenvolveu nos anos 1980 a bateria que conhecemos hoje.

O cientista percebeu que o lítio poderia ser usado de forma eficiente em baterias recarregáveis, então propôs um novo design de cátodo utilizando óxido de cobalto como um dos materiais nas placas positivas da bateria e lítio nas placas negativas. Isso permitiu que a bateria produzisse alta voltagem para energizar equipamentos ao mesmo tempo que poderia reter energia de forma mais eficiente.

Com a descoberta, as baterias se tornaram mais leves e compactas, resultando no desenvolvimento de aparelhos portáteis que poderiam ser facilmente transportados no dia a dia.

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John B. Goodenough nasceu em 1922 na Alemanha e cresceu nos Estados Unidos, sendo formato em matemática pela Universidade de Yale e tendo feito mestrado e dourado em física pela Universidade de Chicago em 1952.

Goodenough trabalhou no Insitituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) de 1952 a 1976 e foi essencial para a criação de outro componente utilizado em produtos eletrônicos atuais: as memórias de acesso randômico, as memórias RAM.

Após o desenvolvimento da bateria de íons de lítio nos anos 1980, Goodenough forneceu as bases para um protótipo à Sony Corporation, que iniciou a fabricação e comercialização das novas baterias em 1991.

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Cinco anos depois, em 1996, o grupo de pesquisa liderado pelo cientista foi responsável por descobrir uma materiai de cátodo mais seguro e ecológico.

Além do Prêmio Nobel, Goodenough recebeu outros reconhecimentos de notoriedade como a Medalha Nacional de Ciência, o Prêmio Japão, o Prêmio Charles Stark Draper, Medalha Benjamin Franklin, Prêmio Enrico Fermi, Prêmio Robert A. Welch, Medalha Copley e outros.

Goodenough foi casado por 70 anos até sua esposa falecer em 2016. Seu irmão, o antropólogo e professor da Universidade da Pensilvânia Ward Goodenough, faleceu em 2013.

Fonte: The University of Texas