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O que é ilha de calor?

Por| Editado por Rafael Rigues | 21 de Julho de 2022 às 12h00

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David Mark/Pixabay
David Mark/Pixabay

Ilha de calor é o termo usado para descrever as áreas onde os materiais utilizados em urbanização contribuem para a concentração de temperaturas elevadas, principalmente quando comparadas às áreas rurais, por exemplo.

O que é ilha de calor?

É quando áreas urbanizadas experimentam temperaturas mais altas do que as áreas periféricas devido a fatores como alta densidade de edifícios, pavimentações e falta de vegetação e corpos d'água. Nessas áreas, as ilhas de calor podem se formar durante o dia ou à noite, em cidades pequenas ou grandes, em climas do norte ou do sul e em qualquer estação do ano.

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O fenômeno do aquecimento nas ilhas de calor não é consequência de um fator isolado, mas da soma de vários elementos. Entre eles, podemos destacar:

  • Absorção de calor nos asfaltos, concreto, telhas e outros materiais de construção;
  • Pouca vegetação e muitos edifícios;
  • Falta de materiais reflexivos;
  • Impermeabilização dos solos;
  • Desvios de água para bueiros;
  • Queima de combustíveis em veículos;
  • Poluição atmosférica e efeito estufa.

Os materiais utilizados em superfícies urbanas (asfalto, calçadas, pátios, telhados, entre outros) possuem uma capacidade muito alta de absorção de calor. O problema se torna maior com a baixa quantidade áreas revestidas com vegetação, que poderiam refletir o calor, além de ajudar a manter o solo úmido.

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Asfaltos e calçadas trazem ainda mais complicações com a impermeabilidade e desvio de água através de bueiros, por exemplo. Isso reduz os níveis da evaporação que poderia reduzir o calor pela troca de energia com as moléculas da água. Sem evaporação, o calor não utilizado é absorvido pelo asfalto.

Também é importante considerar a quantidade de edifícios concentrados em uma mesma área, concentrando mais calor e interferindo na circulação dos ventos. Prédios espelhados também contribuem, refletindo o calor para os arredores — há casos como o edifício londrino conhecido como “wakie talkie”, que derreteu carros estacionados em suas proximidades.

Por fim, os veículos, cada vez mais numerosos, são grandes agentes do efeito “ilhas de calor” nos centros urbanos. A poluição causada por combustíveis fósseis e o próprio calor emitido pelos motores a combustão causam a concentração de temperaturas elevadas.

Além disso, essa poluição causa um Efeito Estufa, que mantém o calor “aprisionado” na atmosfera. Esse efeito também é ampliado pela utilização de energia nas residências e indústrias, aumentando ainda mais o aquecimento atmosférico.

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Quais as consequências das ilhas de calor?

Estudos e dados de pesquisa afirmam que, nos Estados Unidos, o efeito da ilha de calor resulta em temperaturas diurnas em áreas urbanas cerca de 1 a 7 °F (aproximadamente de 0,5 °C a 3,8 °C) mais altas do que as temperaturas em áreas periféricas. Temperaturas noturnas são de 2 a 5 °F (cerca de 1 °C a 12.7 °C) mais altas.

Entre os impactos das ilhas de calor, estão:

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  • Aumento do consumo de energia;
  • Emissões elevadas de poluentes e gases de Efeito Estufa;
  • Saúde e conforto humano prejudicados;

Essas consequências implicam em doenças e mortes relacionadas ao calor, desconforto geral, dificuldades respiratórias, cãibras, exaustão e insolação (não fatal). As ilhas de calor também podem ampliar as ondas de calor naturais sazonais.

As populações mais vulneráveis aos efeitos negativos do aquecimento são os idosos, crianças, população de baixa renda com más condições de moradia e portadores de comorbidades.

Há soluções para as ilhas de calor?

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Existem estratégias para reduzir a temperatura nas ilhas de calor, algumas delas adotadas por comunidades menores, enquanto outras devem ser implementadas em políticas públicas e iniciativas governamentais.

Podem contribuir para a redução do calor:

  • Plantio de árvores em grande quantidade;
  • Criação de parques e preservação de áreas verdes;
  • Diminuição e controle da emissão de gases poluentes;
  • Preservação (ou criação artificial) de rios e lagos;
  • Telhados verdes;
  • Uso de pavimentos frios;
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Aumentar a quantidade de áreas cobertas por árvores e vegetação é uma das soluções mais óbvias para reduzir as temperaturas da superfície e da atmosfera. As iniciativas podem partir de leis para preservação e o plantio de novas zonas arborizadas e a criação de parques ecológicos.

Já os telhados verdes (cultivo de plantas, arbustos ou grama em um telhado) reduzem as temperaturas do topo de edifícios e residências, melhorando até mesmo o gerenciamento de águas pluviais. De modo semelhante, os telhados frios (feitos de materiais ou revestimentos que refletem a luz solar) trazem melhorias ao conforto dos moradores sem maiores gastos de energia.

De modo semelhante, os pavimentos podem ser feitos com materiais frios, que refletem mais energia solar e aumentam a evaporação da água, além de reduzir o escoamento de águas pluviais.

Fonte: EPA