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O que é bioluminescência? 8 animais que brilham no escuro

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 toan phan/Unsplash
toan phan/Unsplash

Na natureza, alguns animais têm a incrível capacidade de produzir luz própria e brilhar no escuro, como vaga-lumes, águas-vivas, lulas, algumas larvas de insetos e outras inúmeras criaturas. Em comum, elas dependem de um processo conhecido como bioluminescência, capaz de quase transformar a natureza em imagens geradas por computador (CGI).

Os animais que brilham no escuro podem gerar diferentes tipos de luz fria, dependendo das suas características fisiológicas. Entre as cores, estão: azul, verde, verde-amarelo, violeta e, muito raramente, vermelho.

Para além dos organismos mais complexos, como aqueles que habitam regiões sem luz solar no fundo dos mares, o fenômeno da bioluminescência também pode ser observado em algumas bactérias e fungos. Isso não ocorre em humanos e nem medicamentos ou mesmo vacinas podem induzir.

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O que é bioluminescência?

"A luz emitida por um organismo bioluminescente é produzida pela energia liberada por reações químicas que ocorrem dentro (ou são ejetadas) do organismo", como explica artigo da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).

De modo mais detalhado, o que é bioluminescência pode ser explicado a partir de uma reação enzimática. Embora existam possíveis particularidades entre as espécies, a principal enzima nessas reações é a luciferase, que catalisa (ou acelera) a reação química entre as luciferinas (substrato) e o oxigênio, gerando a luz fria. O curioso é que a enzima é reciclada após a reação, ou seja, pode ser novamente usada.

"Embora as funções da bioluminescência não sejam conhecidas para todos os animais, normalmente ela é usada para alertar ou fugir de predadores, atrair ou detectar presas e para se comunicar como membros da mesma espécie”, detalha a NOAA.

8 animais que brilham no escuro

1. Vaga-lumes

Sem dúvidas, os vaga-lumes e os pirilampos são os animais com bioluminescência mais conhecidos na natureza, mesmo que estejam cada vez mais raros por causa da poluição. Estes insetos pertencem às famílias Elateridae, Fengodidae ou Lampyridae e podem produzir luzes verdes ou amarelas, em órgãos especializados no abdômen. 

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2. Larva de mosquito N. betaryiensis

É difícil de enxergar, mas existe uma larva de mosquito da Mata Atlântica capaz de produzir luz azul. É a espécie Neoceroplatus betaryiensis, que só teve essa característica descoberta há menos de 5 anos, como aponta estudo publicado na revista Scientific Reports. O “superpoder” só é observado na fase larval, através de três “lanternas”, localizadas na cauda e próximas a cada um dos olhos.

3. Larva-trenzinho

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As larvas de mosquito não são as únicas a possuírem bioluminescência, já que a emissão de luz também é observada nas larvas da família de besouros conhecida como Phengodidae, que podem ser encontradas em diferentes cantos das Américas. No caso das larvas, os órgãos produtores de luz estão espalhados por todo o corpo e, quando acesa, a criatura se parece com vagões de um trem à noite, onde as janelas se destacam na escuridão. Aqui, vale observar que as fêmeas adultas ainda mantêm essa capacidade, diferente dos machos. 

4. Lula-vampira-do-inferno

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A lula-vampira-do-inferno (Vampyroteuthis infernalis) também vive em águas muito profundas, mas usa bioluminescência para despistar predadores. Quando ameaçada, libera flashes de luz através de seus tentáculos, criando um espetáculo luminoso que confunde seus inimigos e ajuda a salvar a sua vida.

5. Peixe-lanterna 

Morador da região abissal dos oceanos, o grupo que recebe o nome popular de peixe-lanterna (do gênero Myctophidae) também chama a atenção por suas luzes, mesmo medindo, em média, pouco mais de 10 centímetros. Eles possuem fotóforos (órgãos que produzem luz em algumas espécies) distribuídos ao longo de grande parte do corpo

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6. Peixe-diabo-negro

Se você já assistiu ao filme Procurando Nemo, não tem como se esquecer das características do peixe-diabo-negro (Melanocetus johnsonii), que também habita as zonas profundas do oceano. O animal carrega uma falsa isca luminosa, como se tivesse uma vara com anzol na sua frente.

7. Peixe-semáforo-comum

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Diferente dos outros “amigos” do fundo do mar, o peixe-semáforo-comum (Malacosteus niger) se destaca pela cor muito rara que produz entre os animais bioluminescentes: o vermelho. Como muitas espécies não enxergam esse tipo de luz, ele pode ver melhor que as suas presas. Também emite luz azul.

8. Águas-vivas

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Como já deu para perceber, indo para as águas profundas dos oceanos, o número de animais que brilham no escuro aumenta. É o caso de uma espécie de água-viva conhecida como Aequorea victoria, que emite luzes verdes ou azuis. Por serem transparentes, quando estão acesas, lembram um neon incrível flutuando.

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Fonte: NOAA (1) e (2)