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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (10/03/2020)

Por| 10 de Março de 2020 às 17h50

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NASA
NASA

Chegou o dia da semana em que o Canaltech separa um tempinho para revisitar as notícias científicas mais importantes dos últimos dias, trazendo aqui um "resumão" para você ficar por dentro dos principais acontecimentos no universo científico! Vamos lá?

Está tudo bem com a Voyager 2 (por enquanto)

Depois de dar um susto na NASA em janeiro, quando a Voyager 2 enfrentou problemas e precisou ter suas operações interrompidas emergencialmente (do contrário, poderia esgotar sua fonte de energia, "morrendo" para sempre), a sonda agora voltou a realizar seus estudos científicos no espaço interestelar. Os cinco instrumentos que foram desativados pela rotina automática de proteção de falhas da sonda já foram religados, retornando dados normalmente.

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Mas, a partir desta semana — e pelos próximos 11 meses —, a NASA não conseguirá se comunicar com a Voyager 2, que continuará nos enviando dados, mas não poderá receber nenhum novo comando daqui da Terra nesse período. É que a rede de antenas usadas para fazer esse contato precisa, urgentemente, de uma atualização — o que começa a ser feito nesta semana e terminará apenas em janeiro de 2021.

A rede em questão é a Deep Space Network (DSN), composta por estações nos EUA, Espanha e Austrália. Estabelecida em 1958 e essencial para permitir a comunicação da Terra com naves espaciais pelo Sistema Solar, a DSN hoje em dia está um tanto limitada e, por isso, a manutenção é necessária — ainda mais considerando as novas missões rumo a Marte que serão lançadas a partir deste ano.

Cada estação da DSN tem três antenas de 34 metros e uma antena de 70 metros, e essa atualização será feita na antena de 70 metros da Austrália, justamente a que se comunica com a Voyager 2 no envio de comandos de cá para lá. Ou seja: apesar de continuar em operação e seguir enviando dados a nós por outros meios, caso enfrente qualquer novo problema, que dependa de receber comandos dos controladores na Terra, a sonda não "saberá" o que fazer — e só poderá ser reparada quando a manutenção da DSN terminar. É torcer para que nada disso aconteça, com a Voyager 2 continuando a quebrar recordes depois de mais de 40 anos em funcionamento.

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Rover da Mars 2020 se chama Perseverance

Perseverance é um nome que ouviremos muito a partir de agora. É que este foi o nome escolhido pela NASA para batizar o próximo rover a ser enviado para Marte, com a missão Mars 2020, cujo lançamento acontecerá entre julho e agosto deste ano.

A agência espacial abriu um concurso para que estudantes norte-americanos sugerissem nomes ao robô exploratório, e Perseverance foi o grande vencedor, deixando para trás sugestões como Endurance, Tenacity, Promise, Vision, Clarity, Ingenuity, Fortitude e Courage.

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O Perseverance é ainda mais evoluído do que o Curiosity, e tem como missão principal procurar por bioassinaturas no terreno marciano — ou seja, indícios de que existiu vida microbiana por lá no passado. Ele pousará na cratera Jezero, onde, há bilhões de anos, existiu um lago e um delta de um rio. Aqui na Terra, deltas de rios são excelentes em preservar bioassinaturas, então a esperança é a de que o mesmo aconteça lá em Marte — isto é, caso tenha existido mesmo algum tipo de vida microbiana por lá no passado distante.

Astronautas privados na ISS em 2021

A empresa privada Axiom Space firmou parceria com a SpaceX para enviar, no ano que vem, quatro astronautas privados à Estação Espacial Internacional (ISS). A tripulação será composta por um comandante e outros três viajantes, ainda não revelados, e a empresa também não foi clara quanto ao que eles farão na ISS nos oito dias de estadia.

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Essa viagem entrará para a história como a primeira a levar apenas astronautas privados à ISS, sem o envolvimento de nenhuma das agências espaciais que administram a estação orbital. No futuro, a Axiom construirá um módulo comercial a ser anexado à ISS, e já teve a aprovação da NASA para isso.

Editando código genético dentro do corpo humano

Pela primeira vez, médicos puderam editar o código genético dentro do corpo do paciente, com a técnica CRISPR. Isso aconteceu durante uma operação para tratar a Síndrome de Leber, condição hereditária que causa cegueira gradual desde o nascimento.

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O DNA alterado foi injetado no olho do paciente, que permanecerá em observação por um mês para que os médicos avaliem se o procedimento funcionou. Em caso positivo, a visão do paciente será restaurada, e os médicos pretendem testar a técnica em outras 18 pessoas depois disso.

Mais casos confirmados do novo coronavírus no Brasil

Pelo menos 25 casos da doença COVID-19 já foram confirmados no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Eles estão distribuídos entre os estados de São Paulo (com 16 ocorrências), Rio de Janeiro (com três), Bahia (com dois), Minas Gerais, Espírito Santo, Alagoas e o Distrito Federal (esses últimos com apenas um caso). Apenas cinco estados brasileiros ainda não têm suspeitas de infecção — Acre, Roraima, Tocantins, Amapá e Maranhão.