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O céu não é o limite! | Fotos do eclipse, rotação de buraco negro, quilonovas e+

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Luiz Fernando Bezerra da Silva/EHT/Tohoku University
Luiz Fernando Bezerra da Silva/EHT/Tohoku University

Enquanto as fotos do eclipse lunar do dia 28 de outubro circulavam pelas redes sociais, os cientistas descobriam que o buraco negro supermassivo da Via Láctea gira quase na velocidade máxima permitida pelo universo. Além disso, o Sol voltou a apresentar atividades mais intensas e a NASA divulgou novas imagens de nebulosas.

Confira abaixo essas e outras das principais notícias astronômicas da semana.

As fotos do eclipse lunar parcial

O eclipse lunar parcial do sábado anterior (28) foi visível em sua totalidade por observadores na África, Ásia e Europa. No Brasil, os habitantes do Nordeste tiveram um pouco da experiência, observando o finalzinho do evento. Como não poderia deixar de ser, fotógrafos de todos os lugares publicaram suas imagens.

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Além disso, o fotógrafo Juan Carlos Casado tirou a foto acima do Santuário de Puiggraciós, perto de Barcelona, durante um evento público do Clube de Caminhadas da Catalunha. Foram necessárias 40 fotos combinadas para aumentar a nitidez e cores, com um resultado que destaca a riqueza de tonalidades na superfície lunar.

A velocidade de rotação do buraco negro da Via Láctea

Buracos negros giram em altas velocidades, mas existe um limite que, se for ultrapassado, as forças centrípedas os despedaçariam. Ao medir a velocidade de Sagittarius A*, o buraco negro supermassivo no coração da Via Láctea, os cientistas descobriram que ele está muito próximo desse limite.

Na escala de velocidade definida por Albert Einstein, que vai de 0 a 1, o Sagittarius A* está entre 0,84 e 0,96. Mas não se preocupe: ele não vai ficar mais rápido e, portanto, vai sobreviver à sua própria rotação.

Os efeitos destrutivos de quilonovas na Terra

Se uma explosão de quilonova ocorresse perto o suficiente de nosso planeta — digamos, a uma distância de apenas a 16,3 anos-luz —, a vida terrestre seria completamente extinta. O motivo é que a radiação gama emitida por esse tipo de evento destruiria a camada de ozônio da atmosfera, expondo a superficie aos raios ultravioleta do Sol.

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Os cientistas descobriram que existem pelo menos três grandes efeitos de uma quilonova próxima da Terra, e o mais prejudicial deles é a interação entre os raios gama, a poeira e gás no meio interestelar. Isso produz emissões poderosas de raios X que duram muito mais tempo do que as próprias emissões de raios gama, capazes de ionizar totalmente a camada de ozônio.

Os bilhões de compostos ainda não descobertos

A invenção da tabela periódica dos elementos trouxe aos cientistas bilhões de possibilidades para criação de novos compostos químicos. Entretanto, só 1% deles foi descoberto ou produzido artificialmente pela humanidade. Entre as principais dificuldades para criá-los, estão as condições necessárias para formar as novas combinações.

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Se considerarmos a quantidade de elementos da tabela, é possível produzir 6.903 compostos usando apenas combinações entre dois deles. Usando três átomos diferentes, seriam 1,6 milhão de novos produtos. Contudo, em muitos casos, é preciso reproduzir as condições do espaço sideral em laboratório para criar compostos que só existem em nebulosas, por exemplo.

A nebulosa com formato de mão

No dia 31 de outubro, a NASA publicou uma foto da nebulosa MSH 15-52, formada por ventos expelidos por um pulsar de modo que seu formato lembra uma mão fantasmagórica. A publicação pegou carona no clima das comemorações de Halloween e a imagem foi escolhida para combinar com a temática.

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As imagens são das emissões de raios X da nebulosa, portanto, observamos formas que não são visíveis aos olhos humanos. Os raios X são produzidos por partículas carregadas que viajam pelos campos magnéticos, determinando assim o formato básico dela.

O filamento solar que explodiu

O Sol voltou às atividades mais intensas após um período de tranquilidade. Desde 31 de outubro, uma série de erupções e ejeções de massa coronal agitam as coisas por lá, como a explosão de um enorme filamento solar no lado sudoeste da estrela. A estrutura formada por uma conexão magnética se rompeu, resultando em uma grande explosão de plasma.

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Também houve várias explosões em uma região ativa que apareceu na borda do lado visível do Sol, além de ejeções de massa coronal. Nenhum desses eventos foi forte o suficiente para causar maiores efeitos na Terra.

Os restos do impacto que formou a Lua no manto da Terra

Um novo estudo reforça ainda mais a hipótese de que a Lua se formou por meio de um impacto entre a Terra e um protoplaneta chamado Theia. Os autores mostraram que o manto da Terra parece ter pedaços de rochas de Theia, deixados após o evento.

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Ao modelar duas grandes bolhas rochosas no manto inferior da Terra, já conhecidas e estudadas por ondas sísmicas, os autores da nova pesquisa concluíram que elas seriam, na verdade, pedaços de Theia que restaram da colisão. Essas rochas seriam até 3,5% mais densas que o manto, medindo dezenas de quilômetros de largura e representando até 16% da massa do nosso planeta.