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Novos tipos de cristal são encontrados em poeira do meteoro de Chelyabinsk

Por| Editado por Rafael Rigues | 04 de Julho de 2022 às 11h15

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Taskaev et al.
Taskaev et al.

Tipos completamente novos de cristais foram encontrados em vestígios de um meteoro que explodiu na atmosfera sobre Chelyabinsk, Rússia, em 2013. Os pesquisadores descobriram as formações cristalinas após escavar partículas de poeira conservadas sob a neve e coletadas logo após o evento.

A explosão de Chelyabinsk é conhecida como um dos eventos de meteoro mais drásticos da história recente e deixou mais de 1.000 pessoas feridas — mesmo que a rocha tenha explodido ainda na baixa atmosfera, sem atingir diretamente o solo. A maioria das vítimas se feriu com cacos de vidro arremessados quando janelas foram estilhaçadas pela onda de choque causada pela explosão.

A desintegração do meteoro resultou na formação de uma enorme nuvem de gás e poeira em altitudes de 80 a 27 km. Ela se moveu para o leste e viajou o globo inteiro em quatro dias, até que depositou as partículas na superfície. Camadas de neve que caíram pouco antes e depois do evento preservaram algumas destas partículas, que foram recuperadas por cientistas. Agora, com análises dessas partículas em um microscópio, os pesquisadores se depararam com novos tipos de cristal.

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Após analisar a poeira com microscópios eletrônicos mais poderosos, muitos outros desses cristais foram encontrados e puderam ser examinados em mais detalhes. Eles apresentam duas formas distintas: conchas quase esféricas e hastes hexagonais. Ambos os formatos, no entanto, apresentam "peculiaridades morfológicas únicas", segundo os autores do estudo.

Os cristais são formados por camadas de grafite ao redor de um nano-aglomerado central. Esse “coração” dos cristais pode ser buckminsterfulereno (ou C60, uma bola de átomos de carbono em forma de gaiola) ou polihexaciclooctadecano (ou C18H12, uma molécula feita de carbono e hidrogênio).

Não se sabe ao certo como esses cristais inéditos se formaram na poeira do meteoro, mas os cientistas suspeitam que a pressão atmosférica que despedaçou a rocha espacial tenha contribuído. Eles esperam estudar a poeira de outros meteoros para saber se os novos cristais são comuns nesses eventos ou exclusivos da explosão de Chelyabinsk.

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O artigo que descreve a descoberta foi publicado na revista The European Physical Journal Plus.

Fonte: EPJ Plus; via: Live Scince