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Novo robô vai ajudar no reflorestamento da Amazônia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Divulgação/ABB Robotics
Divulgação/ABB Robotics

Em uma iniciativa da empresa ABB Robotics e da organização sem fins lucrativos Junglekeepers, um novo robô vai ajudar no reflorestamento da Amazônia. Usando energia solar, o YuMi visa automatizar o plantio de sementes.

Por meio da tecnologia, os especialistas simulam, refinam e implantam a programação necessária para as tarefas do YuMi na selva a 12 mil quilômetros, habilitando o que eles estão chamando de "robô mais remoto do mundo". Em uma região remota da Amazônia peruana, o robô foi instalado para automatizar tarefas essenciais no processo de plantio de sementes, geralmente um esforço totalmente manual.

Na prática, o robô cava um buraco no solo, joga a semente, compacta o solo em cima e o marca com uma etiqueta com código de cores. Através dessa invenção, é possível replantar uma área do tamanho de dois campos de futebol todos os dias em zonas que requerem reflorestamento.

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“A colaboração da ABB com a Junglekeepers demonstra como a robótica e a tecnologia de nuvem podem desempenhar um papel central no combate ao desmatamento como um dos principais contribuintes para a mudança climática”, afirma Sami Atiya, presidente da ABB Robotics and Discrete Automation, em comunicado.

“Nosso programa piloto com o robô mais remoto do mundo está ajudando a automatizar tarefas altamente repetitivas, liberando os guardas florestais para realizar trabalhos mais importantes na floresta tropical e ajudando-os a conservar a terra em que vivem", acrescenta.

Com a automatização dessa tarefa, a ideia é que os voluntários da organização Junglekeepers possam concentrar tempo e recursos em outros trabalhos, como educar os moradores sobre a preservação da floresta tropical, por exemplo.

A instalação totalmente remota e autônoma também supera a dificuldade de encontrar pessoas dispostas a ficar e trabalhar no local distante da selva.

“Até agora, perdemos 20% da área total da floresta amazônica; sem o uso da tecnologia hoje, a conservação ficará paralisada. Ter Yumi em nossa base é uma ótima maneira de expor nossos patrulheiros a novas formas de fazer as coisas. Ele acelera e expande nossas operações e avança nossa missão”, completa Moshin Kazmi, co-fundador da Junglekeepers.

Amazônia: uma preocupação da comunidade científica

A importância da Amazônia para o clima, a biodiversidade do planeta e a sobrevivência de comunidades tradicionais é tão inegável quanto sua crescente destruição, o que tem gerado preocupação em toda a comunidade científica. Para se ter uma noção, a degradação causada por humanos já atinge mais de um terço da floresta.

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No entanto, segundo dados do Google Trends, as buscas pelo termo Amazônia tiveram um aumento de 80% na década no Brasil — no mundo, a alta foi de 40%. O Brasil é o segundo país que mais procurou por assuntos climáticos em 2023, atrás apenas da Argentina.

Mas talvez haja uma esperança: no início do ano, imagens de satélite do sistema de monitoramento DETER, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indicam que o desmatamento na Amazônia caiu. O número divulgado em relatório oficial mostra uma queda de 61% em relação ao mesmo período no ano passado. Dos 430 quilômetros quadrados de mata perdida em janeiro do ano passado, no mesmo mês deste ano este número caiu para 167 quilômetros quadrados.

Fonte: ABB Robotics, New Atlas