Nova substância pode avançar ligação entre IA e cérebro humano
Por Wagner Wakka | 18 de Agosto de 2020 às 23h15
Cientistas da Universidade de Delaware descobriram um novo polímero com capacidade de interagir com o corpo humano sem causar danos à pele. Chamado de Pedot, a substância tem capacidades de transmissões elétricas podendo ser usada diretamente para a produção de implantes na medicina.
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O desafio, segundo os pesquisadores, estava em criar um elemento que não fosse nocivo à pele. O problema disso não é só causar machucados no paciente, mas quando tais elementos criam fissuras no tecido humano, interrompem a corrente elétrica e o implante deixa de funcionar.
Com o Pedot, os cientistas conseguiram criar um polímero que pode ser usado como um filme, uma fina camada, com antibióticos e outras substâncias que agem mais próximo do problema. Um dos exemplos é a utilização do Pedot com antibióticos em redor de uma veia rompida para acelerar o crescimento de volta.
“Escolha sua biomolécula favorita e você pode, em teoria, fazer um filme de Pedot com qualquer grupo biofuncional que quiser”, informou Dr. David Martin, líder da pesquisa.
Embora os implantes apresentados não sejam ainda o que a cultura pop poderia chamar de ciborgues, o elemento é visto como um bom passo para isso. Na American Chemical Society Fall 2020, evento do setor de química que ocorreu virtualmente na última segunda-feira (17), o Pedot foi apontam como o mais importante momento para unir inteligência artificial com o cérebro humano.
Atualmente, o projeto mais promissor até o momento é o Neuralink, encabeçado por Elon Musk, voltado para implantes cerebrais. Para o executivo, o primeiro implante já deve ocorrer no ano que vem.
A pesquisa completa do Pedit está disponível no site da American Chemical Society.
Fonte: ACS