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Morre Irmã André, a pessoa mais velha do mundo, aos 118 anos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Janeiro de 2023 às 19h03

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St. Mary's Church/Facebook
St. Mary's Church/Facebook

Morreu, enquanto dormia, o ser humano mais velho do mundo, aos 118 anos e 340 dias de idade. Nascida Lucille Randon em 1904, ela se tornou uma freira da Igreja Católica Apostólica Romana e tomou o nome de Irmã André em 1944. Na data de sua passagem, ela era a segunda francesa mais velha e europeia mais velha já registrada, sendo a pessoa mais velha do mundo após a morte da recordista anterior, Kane Tanaka, em 2022.

Com sua idade, ela havia chegado ao posto de supercentenária, ou seja, alguém que vive para além dos 110 anos, marca que menos de 1 a cada 1000 centenários atinge. Em estudo feito com italianos com 105 anos ou mais, descobriu-se que as chances de sobrevivência se mantém constantes a partir dessa idade, com humanos de 110 anos tendo a mesma expectativa de vida projetada do que os 5 anos mais novos.

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Há, no entanto, algumas polêmicas, como a sugestão de que muitos supercentenários são, na realidade, mais novos do que dizem, já que os registros de nascimento antigos são nebulosos ou mesmo fraudulentos. Não é o caso da falecida Irmã André, que sobreviveu à covid-19 aos 116 anos e reportou não ter medo da doença, já que não temia a morte — e nem chegou a sentir que teve a patologia.

Uma vida invejável

Quando se tornou a pessoa mais velha do mundo, a freira disse, em entrevista, que o trabalho a manteve viva, mesmo que muitas pessoas dizem que a atividade mata — ela trabalhou até os 108 anos. Talvez ela tenha alguma razão nisso, já que um estudo em áreas rurais da China mostraram que há uma possível ligação entre se aposentar cedo e ter um declínio cognitivo.

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Ao ser perguntada sobre seu segredo para uma vida longa, a Irmã André afirmou que "apenas o bom Deus sabe". O prefeito da cidade onde ela morava em um lar de idosos — Toulon —, Hubert Falco, relatou visitar a freira regularmente e apreciar sua humanidade, espiritualidade e, especialmente, seu senso de humor. Segundo ele, a Irmã falava francamente e tinha uma espontaneidade incomum a alguém nascido em 1904, uma pessoa à frente do seu tempo e incrivelmente moderna.

Fonte: Reuters