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Micróbios achados no Atacama podem revelar origem da vida na Terra

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Janeiro de 2024 às 14h23

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Brian Hynek/University of Colorado Boulder
Brian Hynek/University of Colorado Boulder

Existem diversas teorias para a origem da vida na Terra, mas um ecossistema de micróbios descoberto por pesquisadores da University of Colorado Boulder na Puna do Atacama (perto da fronteira que separa Argentina, Chile e Bolívia) pode ajudar a fornecer novas pistas. As informações foram apresentadas na conferência AGU23, no último mês de dezembro.

No sistema de lagoas a mais de 3.600 metros acima do nível do mar, os geólogos encontraram estromatólitos — comunidades microbianas complexas — que formam montes gigantes de rocha à medida que crescem. Conforme apontam os pesquisadores, as comunidades têm semelhanças com estromatólitos que existiram durante um período chamado Arqueano primitivo, quando o oxigênio era quase inexistente na atmosfera.

Os estromatólitos modernos tendem a ser relativamente pequenos. Eles também crescem passivamente, prendendo grãos de areia e outros detritos que flutuam no oceano. No entanto, os antigos podiam atingir 6 metros de altura. Extraíram ativamente cálcio e dióxido de carbono da água circundante, fazendo com que os minerais precipitassem ao seu redor. 

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Origem da vida na Terra

Os geólogos mencionam que o ambiente da lagoa pode assemelhar às condições da Terra antiga, já que as águas são salgadas e ácidas e, devido à elevada altitude, estão expostas a níveis severos de radiação solar.

Por isso, a expectativa dos cientistas é que essas comunidades descobertas possam fornecer aos uma visão sem precedentes de como a vida pode ter surgido.

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“Se a vida alguma vez tivesse evoluído em Marte ao nível dos fósseis, teria sido assim. Compreender estas comunidades modernas na Terra poderia informar-nos sobre o que deveríamos procurar ao procurarmos características semelhantes nas rochas marcianas", afirmam os pesquisadores, em comunicado divulgado pela própria universidade.

Os autores da pesquisa esperam realizar mais experiências para confirmar que os novos estromatólitos estão construindo ativamente as suas formações rochosas. A ideia também é explorar como os micróbios conseguem sobreviver às condições adversas.

Fonte: AGU23, University of Colorado Boulder