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Mais de 100 novas espécies marinhas são descobertas na Nova Zelândia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Ocean Census/NIWA
Ocean Census/NIWA

Em nova expedição pela Ilha Sul da Nova Zelândia, equipe internacional de biólogos e cientistas descobre mais de 100 novas espécies marinhas, incluindo peixes, moluscos, lulas e camarões. Há a possibilidade de uma criatura pertencente a um gênero ainda desconhecido ter sido encontrada. 

Organizada pelo Ocean Census — iniciativa global que busca acelerar a descoberta e a proteção da vida oceânica —, a pesquisa de campo buscou espécies que vivem em profundidades de até 4,8 km, local conhecido como zona crepuscular. No total, 1,8 mil amostras foram coletadas e serão analisadas individualmente em laboratório. Ainda é cedo para dizer se correm risco de extinção.

A seguir, confira o vídeo da expedição, em inglês: 

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Novas espécies da Nova Zelândia

Os achados da expedição para a Nova Zelândia ainda são estudados, mas os cientistas consideram ter encontrado pelo menos 100 novas espécies, como três novas espécies de peixes e outras espécies de camarão e de lula.

“Parece que temos uma grande quantidade de espécies novas e não descobertas anteriormente”, afirma Alex Rogers, diretor científico do Ocean Census, em nota.

“Visitamos muitos habitats diferentes e descobrimos toda uma gama de novas espécies, desde peixes a caracois, passando por corais e pepinos-do-mar. São espécies realmente interessantes”, pontua Sadie Mills, bióloga do Instituto Nacional de Pesquisa Hídrica e Atmosférica da Nova Zelândia (Niwa).

Descoberta de novo gênero?

Algo que está gerando dúvidas entre os pesquisadores é a identificação de uma espécie misteriosa. O organismo está próximo de uma estrela-do-mar, de uma anêmona e de um zoantídeo — algo próximo de um coral —, mas não é exatamente nada disso.

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“Agora, pensamos que poderia ser uma nova espécie de octocoral [parecido com um coral rochoso], mas também um novo gênero [agrupamento mais amplo de espécies]”, comenta Michela Mitchell, taxonomista da Rede de Museus de Queensland. 

“Se for assim, trata-se de uma descoberta significativa para o fundo do mar e nos dá uma imagem muito mais clara da biodiversidade única do planeta”, completa a cientista Mitchell. 

Oceanos ainda são desconhecidos

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Vale lembrar que os oceanos, independente da parte do mundo que se analisa, ainda são um grande mistério para a ciência. A agência norte-americana National Oceanic and Atmospheric Administration (Noaa) estima que 91% das espécies marinhas são desconhecidas pelos humanos.

É um universo de possibilidades que podem ser encontradas pelos biólogos e pesquisadores. Recentemente, outro grupo de pesquisa da aliança global pela preservação descobriu outras dezenas de novas espécies na costa do Chile.

Fonte: Ocean Census e Noaa