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Fóssil de Pterossauro mais preservado do mundo é recuperado de tráfico no Brasil

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Victor Beccari /PLOS one
Victor Beccari /PLOS one

Durante uma investigação sobre o comércio ilegal de fósseis, ainda em 2013, a polícia encontrou o fóssil do Pterossauro Tupandactylus navigans, entre outros de três mil outras espécies. Após a transferência do material, Victor Beccari, paleontólogo da USP (Universidade de São Paulo), descobriu então ter em mãos o fóssil mais preservado de Pterossauro descoberto até então.

"O indivíduo está muito bem preservado, com mais de 90% de seu esqueleto e impressões em tecidos moles da crista da cabeça e do bico queratinoso", disse o especialista. O fóssil foi encontrado na Formação Crato, região abundante em fósseis localizada no nordeste brasileiro, e a criatura teria vivido por lá há cerca de 115 milhões de anos.

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Beccari conta que o Tupandactylus navigans tinha mais de 2,5 metros de envergadura e um metro de altura, sendo 40% dessa medida somente de crista no topo da cabeça. Devido a essa característica, os pesquisadores acreditam que, junto ao seu pescoço longo, ele conseguia apenas fazer voos curtos. Os detalhes do esqueleto mostram ainda que o Pterossauro contava com uma região muscular de ancoragem nos ossos dos braços, permitindo um voo motorizado que o ajudava a fugir de predadores. A criatura tinha ainda uma crista no queixo.

Mais estudos do material ainda serão feitos para detalhar melhor as características da criatura. O estudo foi publicado na revista científica PLOS One.

Fonte: Science Alert, CNN