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Estudo esclarece engano sobre fóssil bizarro de cobra de quatro patas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Dezembro de 2021 às 08h30

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kuritafsheen77/Freepik
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A primeira cobra de quatro patas conhecida pela ciência e que vivia junto aos dinossauros, na verdade, pode ter sido uma criatura completamente diferente. De acordo com um novo estudo de um fóssil minúsculo que mede, aproximadamente, 19,5 centímetros de comprimento, o animal parece ter sido um tipo de lagarto marinho. Os pesquisadores explicam que o fóssil do possível lagarto, conhecido até então como Tetrapodophis amplectus, não possui características anatômicas importantes de cobras.

Os cientistas também pontuam que os restos mortais do animal, que teria vivido durante o período Cretáceo, entre 145 milhões a 66 milhões de anos atrás, podem ter sido exportados de forma ilegal do Brasil. Isso porque não há nenhum pesquisador brasileiro no estudo original, visto que a lei brasileira exige que cientistas do país da descoberta estejam inclusos em estudos de espécimes brasileiras.

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Cobras de quatro pernas

De acordo com dois estudos de 2016, que analisam a genética das cobras, elas teriam começado a perder os membros há cerca de 150 milhões de anos por causa das mutações genéticas. Inclusive, outras pesquisas já encontraram evidências fósseis de uma cobra de duas pernas.

Já o estudo de 2015 mostrava o único fóssil de cobra quadrúpede registrado até então. A pesquisa conta que o Tetradophis usava suas quatro patas para agarrar os parceiros durante o acasalamento e também para prender as presas durante a caça. A evolução pode ter sido parte da transição dos lagartos antigos para as cobras mais modernas, que evoluíram de animais terrestres escavadores.

Novos estudos

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Mas o fóssil foi analisado novamente e novos pesquisadores encontraram evidências de que o Tetrapodophis era mais parecido com um lagarto do que com uma serpente, principalmente pela anatomia do crânio. Além disso, o corpo da criatura não era parecido com o de uma cobra, pois o fóssil não conta com os sistemas estabilizadores zigosfenos e ziggantra, que ficam nas vértebras e as ajudam a deslizar para frente e para trás. Ao contrário disso, o fóssil possui costelas longas e retas, o que significa não se tratar de um bicho escavador, mas sim nadador, como os lagartos.

Fonte: LiveScienceJournal of Systematic Palaeontology