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Estudo afirma que o menor dinossauro do mundo era um lagarto, na verdade

Por| 17 de Agosto de 2020 às 22h00

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Reprodução: Edward L. Stanley
Reprodução: Edward L. Stanley

Uma descoberta recente acaba de revelar que o minúsculo dinossauro Oculudentavis khaungraae era, na verdade, um tipo de lagarto. A conclusão aconteceu após pesquisadores estudarem o segundo fóssil encontrado da criatura, que voou pela Terra há 99 milhões de anos.

Quando o primeiro crânio do Oculudentavis foi encontrado revestido por âmbar, medindo apenas 14 milímetros de comprimento, logo ele foi incluso como um tipo de pássaro pré-histórico, entrando na árvore genealógica dos dinossauros como o menor já encontrado. Então, a análise do segundo fóssil, que conta com um crânio e partes de corpo, mostra que ele era um lagarto bem estranho.

Susan Evans, co-autora do estudo e paleontóloga da Universidade College London, diz que as características da criatura eram estranhas, como olhos grandes e nariz-crista que, aparentemente, não parecem pertencer a um lagarto. "É estranho, mas é um lagarto", afirma a pesquisadora.

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Esses olhos grandes e a anatomia da mandíbula do animal são o que mostram que ele era bastante ativo durante o dia, consumindo pequenos insetos com uma mordida que, mesmo sendo fraca, era ágil. "O crânio do Oculudentavis é notavelmente diferente de qualquer lagarto já conhecido e isso representa um surpreendente exemplo de evolução convergente", dizem os pesquisadores.

Os dois fósseis vieram do mesmo local, das minas de âmbar no estado de Kachin, ao norte de Myanmar, mas eles não são exatamente iguais. Enquanto o primeiro possui o nariz mais afinado, o segundo tem uma crista, e essa diferença poderia indicar que eles não seriam exatamente da mesma espécie.

Anatomicamente, no entanto, de acordo com os autores do estudo, os dois fósseis são parecidos o suficiente para serem considerados da mesma espécie, no caso Oculudentavis khaungraae. As diferenças entre os dois fósseis podem estar relacionadas a como cada um dos crânios foi deformado com o passar do tempo, ou ainda pode ser uma forma de distinção de macho e fêmea.

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A única característica que não gera dúvidas, agora, é que o animal realmente se tratava de um lagarto. Os pesquisadores notaram alguns detalhes que excluem os fósseis da categoria dinossauro, como a boa conservação que permitiu a visualização de escamas, a falta de um par de buracos em frente às órbitas oculares, como tinham alguns dinossauros, além da existência de dentes fundidos com as bordas internas da mandíbula, como lagartos.

A pesquisa dos fósseis foi publicada na revista científica eLife e ainda precisa passar por revisão e aprovação, mas a divulgação foi feita pelos cientistas para responder a rumores que começaram a circular sobre o segundo fóssil.

Fonte: National Geographic