Dragão alado! Novo pterossauro é descoberto no Deserto do Atacama, no Chile
Por Natalie Rosa | Editado por Luciana Zaramela | 15 de Setembro de 2021 às 11h50
Paleontólogos chilenos descobriram, na cidade de Calama, no Deserto do Atacama, o fóssil preservado de um pterossauro que viveu há 160 milhões de anos no período Jurássico. A criatura, um réptil voador e não um dinossauro, pertence à subfamília Ramphorhynchinae e teria vivido no megacontinente de Gondwana, que constitui, hoje, nos continentes do Hemisfério Sul.
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Com cauda alongada e dentes pontudos e afiados, o animal media cerca de 1,8 metro a 2 metros da ponta de uma asa até a outra, e possivelmente era o maior da sua família. Ele tinha ainda a cabeça baixa, e focinho longo e pontiagudo. Essas características fizeram com que os pesquisadores classificassem a criatura como um "dragão alado".
De acordo com a análise dos fósseis encontrados em 2009, que consistem em dois pedaços da falange da asa e uma vértebra dorsal, se tratava de um pterossauro adulto. Os especialistas dizem que o réptil voador é bastante semelhante a outros pterossauros da subfamília, como o europeu Rhamphorhynchus e o cubano Nesodactylus. Apesar de a região de Cerritos Bayos, onde o animal foi encontrado, já ser conhecida por descobertas paleontológicas, é o primeiro pterossauro encontrado no Chile. Já foram descobertos por lá alguns plesiossauros, que eram répteis marinhos.
O estudo com a descoberta foi publicado na revista científica Acta Palaeontologia Polonica.
Fonte: Universidade do Chile