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Disco de Sabu | Misteriosa escultura egípcia de 5 mil anos parece com uma calota

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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Martin1833/CC0-Domínio Público
Martin1833/CC0-Domínio Público

Um recipiente de pedra deveras incomum foi encontrado em 1936, na tumba de Sabu, um oficial do Egito Antigo enterrado na Necrópole de Saqqara, durante a primeira dinastia. Em pedaços durante seu achado, o artefato foi reconstruído e atualmente está em exibição na coleção do Museu Egípcio do Cairo. O que ele é, afinal?

O Disco de Sabu foi descrito pelo egiptólogo britânico Walter Emery, que encontrou a mastaba de Sabu — uma tumba retangular com paredes inclinadas e teto plano —, durante escavações nas tumbas de Saqqara. Segundo o explorador, a câmara mortuária havia sido saqueada, já esvaziada de suas joias e metais preciosos. Tudo que restou foi o esqueleto do oficial, dentro de um caixão de madeira, e dezenas de potes de pedra e cerâmica, ferramentas de pedra e cobre e restos de dois bois.

O que é o Disco de Sabu?

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Havia um último curioso artefato egípciona tumba: uma cumbuca diferente de qualquer outra. Emery a descreveu como um pote ornamental de 61 centímetros de diâmetro e 10 cm de altura, feito de rocha metassedimentar, um tipo de pedra que sofre algum tipo de metamorfismo. O arqueólogo egípcio Ali El-Khouli, examinando o item, lembra que recipientes planos e largos são comuns nas três primeiras dinastias do Antigo Egito.

O Disco de Sabu, no entanto, é incomum por conta de seu formato — há três asas finas cuidadosamente esculpidas saindo dos cantos da cumbuca em direção ao centro. Vista de cima, a decoração lembra uma calota moderna, volante ou mesmo uma turbina naval. Isso gerou teorias da conspiração, afirmando desde o propósito de propelir barcos a fantasias alienígenas. Uma teoria mais plausível diz que o disco seria um mash tun, recipiente que guarda grãos e água quente para a fabricação de cerveja.

Especialistas consideram mais provável, no entanto, que o Disco de Sabu tenha tido o mesmo propósito de outros recipientes antigos de formato semelhante: guardar comida ou óleo. Como o metassedimento foi feito de maneira delicada e precisa, no entanto, acredita-se que seu uso na tumba tenha sido uma oferenda para o além-vida, longe do uso cotidiano.

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Fonte: Live Science