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Dinossauros carnívoros com "cabeça de crocodilo" são descobertos no Reino Unido

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Setembro de 2021 às 11h50

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Anthony Hutchings
Anthony Hutchings

Paleontólogos descobriram, às margens de um rio na Ilha de Wright, na Inglaterra, dois dinossauros carnívoros com uma característica bem peculiar: crânios parecidos com os de crocodilos. As criaturas são as primeiras espécies de espinossaurídeos conhecidas, sendo então parentes do Espinossauro, animal que pode ter sido um anfíbio e que era ainda maior que o Tiranossauro rex.

Ambas as espécies encontradas contavam com o crânio alongado, semelhante aos de crocodilos e ao do Espinossauro, mas sem a vela dorsal, aquele grande conjunto de espinhos nas costas. Uma das criaturas foi batizada de Ceratosuchops inferodios, que significa "garça do inferno com chifres e cara de crocodilo", e a outra de Riparovenator milnerae, "caçadora de margem do rio", nome dado em homenagem à falecida paleontóloga britânica Angela Milnes. 

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Antes da descoberta, somente um tipo de Espinossauro havia sido encontrado no Reino Unido: o Barionix. "Já sabemos que, há algumas décadas, dinossauros semelhantes ao Barionix aguardavam a descoberta na Ilha de Wight", conta Darren Nais, paleontólogo britânico independente e co-autor do estudo. "Mas encontrar os restos mortais de dois desses animais em sucessão foi uma grande surpresa", completou o cientista.

A descoberta foi feita somente com alguns fragmentos de ossos como os dentes e a caixa craniana, que conta com muitas pistas anatômicas para a identificação de diferentes espécies, como a posição dos nervos e os ligamentos. Chris Baker, principal autor do estudo, diz que a descoberta dos dinossauros sugere que o que hoje é o Reino Unido abrigava uma diversidade de Espinossauros ainda maior do que se pensava.

Os pesquisadores ainda têm dúvidas se o Espinossauro, no final do período Cretáceo, nadava como uma garça ou como um crocodilo. Porém, a descoberta pode mostrar que o grupo de dinossauros evoluiu na Europa, espalhando-se para a Ásia, África e América do Sul.

O estudo com a descoberta foi publicado na revista científica Nature Communications.

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Fonte: LiveScience