Dinossauros bípedes abanavam a cauda para andar melhor, diz estudo
Por Natalie Rosa • Editado por Luciana Zaramela |
Um dos maiores desafios dos paleontólogos é decifrar como os dinossauros mexiam seus corpos e como andavam. Em uma dessas pesquisas, cientistas conseguiram replicar os movimentos dessas criaturas com a ajuda da biomecânica computacional e do que é chamado de simulação preditiva.
- Fóssil de dinossauro tão perigoso quanto o T. Rex é encontrado no Uzbequistão
- Guinness comprova: dinossauros mais antigos do mundo eram gaúchos
- Assim como as corujas, pequeno dinossauro tinha visão noturna e audição aguçada
Esse grupo de pesquisadores simulou os movimentos de um dinossauro do gênero Celófise, que andava sobre duas pernas. Com isso, eles descobriram que, enquanto caminhavam ou corriam, eles também balançavam a cauda de forma semelhante a como os humanos balançam os braços. Os cientistas reproduziram também como diferentes músculos interagiam durante essa movimentação, analisando como a marcha e o impulso eram afetados pelo balanço da cauda.
Para ter certeza que o modelo estava funcionando de forma consistente, os pesquisadores fizeram a comparação com o andar de pássaros da família Tinamida, que contam com uma anatomia parecida com a dos dinossauros bípedes. Esse experimento mostrou que a causa era responsável por controlar a eficiência da caminhada e reduzir a tensão muscular do corpo, e eles acreditam que o mesmo acontecia com outros tipos de dinossauros. Os paleontólogos dizem que, anteriormente, acreditava-se que a cauda era somente um contrapeso passivo para compensar o peso da cabeça e do pescoço.
No experimento, os pesquisadores chegaram a remover a cauda do dinossauro para analisar como ele caminharia dessa forma, e descobriram que ele precisaria movimentar a pélvis de forma diferente para compensar essa perda. Além disso, sem a cauda, o esforço muscular aumentaria em 18%, significando que, com a cauda, o gasto de energia era menor. Com ela balançando fora de sincronia, também seria preciso usar mais energia para caminhar ou correr na velocidade necessária.
O estudo foi publicado na revista científica Science Advances.
Fonte: Popular Science