Como eram os primeiros fogos de artifício antes da pólvora?
Por Lillian Sibila Dala Costa |

Pode parecer estranho, mas os fogos de artifício foram inventados antes da pólvora — segundo a Associação Pirotécnica Americana, a tecnologia foi desenvolvida no século II a.C., em Liuyang, na China. Os primeiros fogos eram feitos de caule de bambu, que eram jogados no fogo. O ar preso nas partes ocas estourava a planta com o superaquecimento, criando sons muito altos, que os chineses acreditavam espantar maus espíritos.
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Entre os anos 600 e 900 d.C., então, a pólvora surgiu — embora não existam registros oficiais, há lendas sobre sua invenção. Conta-se que um alquimista chinês misturou nitrato de potássio, enxofre e carvão vegetal para fazer uma substância negra e quebradiça. Colocada dentro de bambus ocos, a primeira pólvora criava o primeiro fogo de artifício como o conhecemos, que hoje usa canos de papel.
Fogos de artifício e seu desenvolvimento
Junto com a pólvora, os fogos de artifício chegaram à Europa entre os séculos XIII e XV, sendo usados em festivais religiosos e eventos públicos. Os italianos foram os primeiros europeus a manufaturar a tecnologia, e acredita-se que o casamento do rei inglês Henrique VII com Isabel de York, em 1486, tenha sido um dos primeiros shows de fogos do continente.
Até 1830, todos os fogos de artifício eram alaranjados — foram novamente os italianos que mexeram com a tecnologia, colocando os primeiros metais que mudaram a cor dos shows pirotécnicos. A queima das substâncias usadas nos fogos é o que define a cor, com os comprimentos de onda menores sendo mais próximos do violeta, e os maiores, do vermelho.
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