Cientistas descobrem flor mais antiga que os dinossauros
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Em estudo publicado nesta quarta (31) na revista Trends in Plant Science, pesquisadores destacaram a descoberta de uma espécie de planta pré-histórica preservada em âmbar: Rhamnaceae, uma família popularmente conhecida como Buckthorn, que surgiu 50 milhões de anos antes dos dinossauros.
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Os cientistas chegaram à conclusão, depois de uma criteriosa análise, que o grupo de plantas é 150 milhões de anos mais velho do que se pensava anteriormente. Ao todo, a família Rhamnaceae tem 260 milhões de anos de idade.
Através de comparações, os pesquisadores puderam perceber que a família Buckthorn se espalha por toda a África, Austrália, América do Norte e do Sul, Ásia e Europa. “Acreditava-se anteriormente que a flor Phylica evoluiu cerca de 20 milhões de anos atrás, e a família Buckthorn 100 milhões de anos atrás, então essas novas datas significam que a família de plantas com flores é muito mais antiga do que os botânicos poderiam imaginar", afirmam os autores do artigo, em comunicado.
Os autores do estudo explicaram que o carvão, também no âmbar, forneceu uma visão das condições em que esse grupo de plantas evoluiu. “Avaliamos as características relacionadas ao fogo no maior número possível de espécies vivas e as traçamos na árvore evolutiva usando uma técnica chamada atribuição de características ancestrais”, explicam.
Conforme pontua o artigo, quase todas as espécies vivas da subfamília Phylica têm sementes duras que requerem fogo para estimulá-las.
Não é a primeira vez que a comunidade científica se surpreende com uma informação pré-histórica valiosa preservada pelo âmbar. Há cerca de 99 milhões de anos, aranhas e seus quase futuros filhotes foram "capturados" por âmbar, permanecendo intactos dentro da resina, e foram encontrados recentemente por pesquisadores. Isso sem contar um caranguejo encontrado em âmbar que viveu com os dinossauros há 100 milhões de anos
Fonte: Trends in Plant Science via Scimex