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Autor de Game of Thrones, George R. R. Martin publica artigo científico

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Gage Skidmore/Wikimedia Commons
Gage Skidmore/Wikimedia Commons

Daenerys Targaryen? Jon Snow? Nada disso. O novo foco de George R. R. Martin é um artigo científico! O autor de Game of Thrones assinou um estudo de física, concentrado em uma fórmula para descrever a dinâmica de um vírus fictício presente na  série de livros Wild Cards (com a contribuição de 44 autores).

Na série, um vírus alienígena foi lançado sobre a cidade de Nova York em 1946 e se espalhou globalmente. É chamado de vírus Wild Card porque afeta cada indivíduo de forma diferente: mata 90% dos infectados e transforma o resto em mutante. 

As especulações e a discussão científica por trás desse vírus foi tamanha que chegou a chamar a atenção de Ian Tregillis, um físico do Laboratório Nacional de Los Alamos. Ele desenvolveu um estudo que apresenta uma estrutura matemática coerente que pudesse descrever o comportamento viral.

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O objetivo final era "demonstrar a ampla flexibilidade e utilidade dos conceitos de física convertendo esse problema vago e aparentemente inacessível em um sistema dinâmico direto", conforme escrevem Tregillis e Martin no artigo publicado na última edição do periódico American Journal of Physics

A fórmula de um vírus fictício

O modelo apresentado pelo físico e pelo autor de Game of Thrones assume duas variáveis. “Traduzimos o problema abstrato dos resultados virais Wild Card em um sistema dinâmico simples e concreto. O comportamento médio temporal desse sistema gera a distribuição estatística dos resultados”, dizem os autores.

Para entender melhor o conceito, precisamos primeiro apresentar como funciona o vírus na série de livros. O Wild Card ataca dessa forma:

  • 90% dos infectados morre
  • 9% acabam com condições desagradáveis (no livro, essas pessoas são chamadas de Jokers)
  • 1% desenvolvem superpoderes e são conhecidos como Aces.

O artigo sugere que esses resultados virais seriam determinados por uma distribuição de probabilidade multivariada.

"Partindo da premissa geral, combinamos uma variedade de conceitos apropriados para o nível avançado de graduação para construir um modelo direto, mas analiticamente rico. Esperamos que este estudo de caso ilustre como explorações gratificantes de física podem ser extraídas até mesmo dos cenários mais caprichosos", conclui o estudo.

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Fonte: Ars Technica

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