Toyota começa a testar motores que “salvarão” carros a combustão
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |
A Toyota mostrou nesta quinta-feira (18) que a aliança feita com a Mazda e a Subaru para “salvar a vida” dos carros com motores a combustão está rendendo frutos. A montadora japonesa publicou um vídeo no YouTube que confirma que os testes com os novos propulsores já começaram
De acordo com Hiroki Nakajima, diretor de tecnologia da montadora, esses novos motores têm tudo para “mudar as regras do jogo” e manter os carros a combustão “vivos” por mais tempo.
A Toyota está trabalhando paralelamente em três motores diferentes: 1.5 turbo, 2.0 turbo e 1.5 aspirado. O objetivo é aplicar a técnica de downsize (redução do tamanho) na família e, com os propulsores até 20% menores do que os atuais, reduzir também o peso dos componentes.
Segundo a marca, com os motores menores, a linha do capô dos carros poderá ser mais baixa, ponto que tornaria a aerodinâmica melhor e, consequentemente, influenciaria no consumo de combustível, que também seria menor.
Torque menor não preocupa
As alterações no tamanho dos motores a gasolina deixarão os propulsores com curso de esclarecimento mais curto, e isso implicará em um torque menor. Essa perda, porém, não é preocupante para a Toyota, pois eles estão sendo desenvolvidos para equipar carros híbridos, portanto, a ajuda do motor elétrico compensará a força menor.
Outro ponto importante detectado nos testes com os motores que podem prolongar a vida dos carros a combustão está na eficiência térmica. Segundo a Toyota, a taxa está maior do que a dos propulsores atuais, que gira em torno de 40%. Isso faz com que eles se tornem menos poluentes e, consequentemente, mais preparados para as futuras leis de emissões, que serão cada vez mais rigorosas.
A ideia da Toyota é seguir com os testes dos novos motores para, em 2027, colocar no mercado os carros com os propulsores mais eficientes. A marca japonesa também segue trabalhando nos modelos 100% elétricos e quer colocar ao menos 10 novos carros no mercado até 2026.