Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Tesla demite funcionário que postou vídeo de acidente com piloto automático

Por| Editado por Jones Oliveira | 18 de Março de 2022 às 08h15

Link copiado!

Reprodução/YouTube
Reprodução/YouTube
Tudo sobre Tesla

A Tesla pediu aos motoristas que não compartilhassem em redes sociais vídeos apontando falhas no Full Self-Driving (FSD), o sistema de piloto automático dos carros da marca. O aviso não foi atendido e resultou em demissão para um agora ex-funcionário da empresa de Elon Musk.

John Bernal, proprietário de um Tesla Model 3 fabricado em 2021 e dotado da nova versão do software Full Self-Driving, foi demitido pela montadora depois de divulgar dois vídeos no YouTube detalhando um pequeno acidente em que se envolveu após uma suposta falha do piloto automático da montadora.

Continua após a publicidade

No primeiro deles, publicado em 4 de fevereiro, dá para ver o Tesla atingindo pequenos postes de borracha, normalmente utilizados para separar a via dos carros das ciclovias para bicicletas. O incidente aconteceu na cidade de San Jose, na Califórnia.

Três dias depois, Bernal publicou um novo vídeo, desta vez com imagens quadro a quadro do ocorrido e uma acusação: “Não importa quão pequeno esse acidente tenha sido, é a primeira colisão beta do FSD capturada pela câmera, que é irrefutável”.

Demissão e bloqueio do software

Continua após a publicidade

A Tesla tomou ciência dos vídeos publicados no YouTube e demitiu Bernal. Além disso, a empresa também bloqueou o acesso do agora ex-empregado ao FSD de seu carro.

“Fui demitido da Tesla em fevereiro com meu YouTube sendo citado como o motivo — mesmo que meus uploads sejam para meu veículo pessoal, fora do horário da empresa ou propriedade, com software pelo qual paguei”, desabafou.

Segundo a montadora, o bloqueio à versão beta do software, no entanto, não teve relação com os vídeos do acidente ou com o desligamento de Bernal do quadro de colaboradores, e sim “com base nos dados recentes de direção”.

A decisão gerou inconformismo por parte do ex-funcionário, que alegou não ter cometido nenhuma imprudência ao volante na manhã em que foi demitido, e isso jogaria por terra a justificativa da empresa para o bloqueio.

Continua após a publicidade

Bernal disse à CNBC que se sentiu injustiçado com a demissão, já que “sempre foi transparente com a empresa sobre seu canal no YouTube” e que o canal dele foi criado “com o objetivo de encontrar bugs e ajudar a melhorar a segurança”.

Fonte: Ars Technica, CNBC