SP começa a usar mais semáforos com IA e borda amarela; veja como funcionam
Por Danielle Cassita | •

Quem passou por São Paulo recentemente já deve ter reparado nos semáforos com bordas amarelas. Chamados “quick wins”, estes novos semáforos já estão em operação em mais de 900 pontos da capital paulista e prometem tanto reduzir o tempo de espera no trânsito quanto proporcionar maior fluidez às vias mais movimentadas — tudo isso com a ajuda de sensores e da inteligência artificial.
- BYD registra hatch elétrico que será pesadelo do Golf GTI no Brasil
- Supercarro da Xiaomi impressiona Ferrari e pode inspirar novos modelos
Identificados por uma borda amarela ao redor das luzes, os semáforos inteligentes também conseguem adaptar a sinalização em vias paralelas, como nas redondezas da Avenida Paulista, prevendo o aumento do tráfego em ruas alternativas durante congestionamentos.
Além da borda, estes semáforos são equipados com sensores e câmeras que monitoram o fluxo dos carros. Depois, essas informações são processadas por um pequeno computador que determina a melhor forma de parar ou prosseguir o tráfego da via.
A ideia é que as vias com mais movimento fiquem mais tempo com o sinal verde, enquanto aquelas com menos carros continuem com a luz vermelha.
Como você deve ter imaginado, a maior vantagem da novidade está no fluxo do trânsito: a estimativa da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) é de que, ao fim da implantação, o tempo de parada no trânsito caia cerca de 20%.
Impacto direto no dia a dia
Além de oferecer mais fluidez ao tráfego, os novos dispositivos têm potencial para reagir rapidamente a situações inesperadas, como acidentes nas redondezas. Segundo a Prefeitura, outra vantagem será a chamada “onda verde”: com os semáforos sincronizados, motoristas poderão atravessar vários cruzamentos sem precisar parar a todo momento.
A meta é ambiciosa: até o fim de 2026, São Paulo deve ter 2.586 semáforos inteligentes em operação. E não pense que a novidade se restringe somente à capital, já que há iniciativas parecidas em municípios como São Caetano do Sul e Campinas — na cidade do ABC paulista, por exemplo, os semáforos funcionam com dados de navegação do Google Maps.
Semáforos do tipo já estão em operação também no Paraná, Espírito Santo e Pernambuco. Aliás, quando o assunto são os “sinais espertinhos”, Fortaleza (CE) dá um show: a capital cearense tem 51% da sua rede de semáforos composta por faróis inteligentes — São Paulo, em comparação, tem apenas 16% dos faróis do tipo!
Leia também:
- 10 pontos que mostram se vale a pena comprar uma Brasília antiga
- Jeep joga preços no chão para zerar estoque da linha Commander
Vídeo: Qual o problema do carro elétrico no Brasil? Preço vs. autonomia vs. realidade