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Seres paralisa venda de carros no Brasil por tempo indeterminado

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DIvulgação/Seres
DIvulgação/Seres

A chinesa Seres anunciou a paralisação das operações no Brasil, um ano após a chegada no país. Desde o início de 2024, a marca parceira da Huawei — gigante dos celulares na China — vendeu apenas oito unidades de carros, sendo cinco Seres 3 e três Seres 5, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

De acordo com a reportagem do Autoesporte, a Seres está passando por uma reestruturação interna, sem previsão para terminar. A fabricante começou operando no Brasil de forma totalmente digital, sem concessionárias - ou seja, os carros eram vendidos pela internet e importados de Xangai.

A Seres teria planos de modernizar a venda de carros no Brasil. Quando chegou ao país, em julho do ano passado, a fabricante adotou estratégia parecida com a da Tesla. Porém, o modelo mudou em outubro, após a chinesa abrir lojas físicas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

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Mesmo com a operação supostamente pralisada, a Seres ainda tem carros elétricos disponíveis no site. A loja online está ativa e conta com os seguintes modelos à venda:

  • Seres 3 BEV, a partir de R$ 199,990;
  • Seres 5 BEV, a partir de R$ 394.990;
  • Seres 5 EVR, com preço sob consulta;
  • Seres M7, com preço sob consulta.

A fabricante também oferece dois modelos de veículos elétricos comerciais: o caminhão DFSK EC31 e o furgão DFSK EC35, ambos os modelos custando a partir de R$ 194.990.

Montadoras chinesas têm muito interesse pelo Brasil

Apesar da possível paralisação da Seres, as demais fabricantes chinesas ainda têm bastante interesse no mercado tupiniquim. O Canaltech conversou com especialistas que enumeraram diversos pontos que não só justificam a escolha das chinesas, como também indicam que a “invasão” não tem data para acabar.

Um dos especialistas buscados foi Cassio Pagliarini, da Bright Consulting, que também tem ligação com a Seres. Para ele, as fabricantes chinesas estão mais preparadas para colocar um fim em um dos maiores problemas que JAC, Chery e tantas outras enfrentaram no passado: a falta de peças de reposição e a demora para buscar os itens no exterior.

Por outro lado, estudos recentes indicam que 85% das montadoras chinesas vão falir até 2030. De acordo com o levantamento, a forte concorrência local fará com que apenas as montadoras mais estruturadas sobrevivam ao fim da década.

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Fonte: Autoesporte.