Nissan promete reduzir preço e triplicar velocidade em recarga de baterias
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |
A Nissan está comprometida em resolver definitivamente dois dos principais problemas do segmento de carros elétricos. Segundo o site britânico Autocar, a montadora japonesa está trabalhando em um novo tipo de bateria que, além de mais barata, também será muito mais rápida para recarregar.
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A ideia de David Moss, vice-presidente sênior de pesquisa e desenvolvimento da Nissan na Europa, é reduzir em 50% os custos de produção do componente que, hoje, é o fator-chave para os preços dos carros serem tão altos. De quebra, as novas baterias também seriam até três vezes mais rápidas de recarregar que as convencionais, e chegariam aos 400 kW.
O segredo? Trocar as células atuais de íons de lítio por baterias de estado sólido. Segundo Moss, a Nissan já conseguiu evoluir o tamanho das células e, até 2025, o plano é ter uma fábrica funcionando para a produção das unidades, que podem chegar a ter as dimensões de um notebook. O organograma prevê a produção em massa para instalação em carros a partir de 2028.
“Algumas baterias de estado sólido ainda têm eletrólitos líquidos, e isso é um problema, pois o líquido ferve. A eficiência dessa energia em armazenamento e transferência e a energia que você coloca nela serão impactadas. A bateria toda em estado sólido é o caminho que estamos seguindo”, avisou o executivo da marca, que trabalha em conjunto com os principais cientistas da Universidade de Oxford.
Novas baterias fazem parte do Nissan Futures
A ideia de trocar as baterias de íons de lítio por outras mais modernas, de estado sólido, faz parte do planejamento chamado de Nissan Futures. Ele inclui também o lançamento de uma nova linha de carros elétricos, composta pelos conceitos Max-Out (que já citamos por aqui), Surf-Out e Hang-Out.
“Quando você se compromete com algo como o estado sólido, precisa mudar todo o mecanismo e a arquitetura do veículo”, explicou David Moss. O executivo da Nissan adiantou ainda que o plano inclui a fabricação de dois tamanhos de bateria.
O primeiro seria para o usuário ‘comum’, enquanto o outro serviria outro para quem precisa de alcances mais longos, sempre priorizando a redução do custo. “O custo é fundamental, pois isso abre as portas dos carros elétricos para ainda mais clientes”, concluiu.